quinta-feira, 17 de março de 2016

Aplicar DIREITOS - Cumprir COMPROMISSOS





Aplicar
 Cumprir
DIREITOS
 COMPROMISSOS

Milhares de pessoas e centenas de organizações, ao longo dos tempos, algumas quiçá desde 1945, estiveram do lado da então criada Federação Portuguesa de Campismo (actual Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP)), considerando-a a organização que melhor podia defender e garantir os interesses e direitos do "turismo de ar livre" ou, se preferirem, do campismo, do caravanismo e do autocaravanismo, através dos compromissos que se estabelecessem no seio da FCMP pelas respectivas associações federadas.

Seguramente também essas pessoas e essas organizações nem sempre estiveram, em todos os momentos, unanimemente, ao lado dos dirigentes da FCMP e pelas mais diversas razões.

(Por analogia direi que é perfeitamente natural que os portugueses estejam do lado do seu País, mas, também é totalmente aceitável que haja portugueses que embora estando com Portugal, não estejam ao lado de algum governo de Portugal. Só num passado não muito distante os detractores dos Governos de Salazar e Caetano eram considerados maus portugueses.)

Ter um lado” é diferente de “estar ao lado”

Ser-se crítico de uma política, de uma acção ou mesmo, directamente, critico de dirigentes da FCMP, considerando que os mesmos, ao não cumprirem o Programa com que se candidataram, não estão a servir os interesses do campismo, do caravanismo e/ou do autocaravanismo, não significa que se é contra a instituição FCMP. Também a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, instituição com mais de 70 anos de existência, não pode ser reduzida à imagem e semelhança dos comportamentos dos respectivos dirigentes e ser com eles confundida e comparada.


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Quando em 2010 fui eleito, numa das mais participadas eleições, para Presidente da Direcção da “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA”, fi-lo com base num Programa Eleitoral (ver AQUI) construído e aprovado por todos os membros dos Corpos Gerentes candidatos. Os compromissos foram cumpridos.

Quando em 2012 voltei a ser eleito para Presidente da Direcção da “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA”, de novo o fiz com base num Programa Eleitoral (ver AQUI) construído e aprovado por todos os membros dos Corpos Gerentes candidatos. Os compromissos foram igualmente cumpridos.

Os Dirigentes política e intelectualmente honestos assumem e cumprem os Programas Eleitorais com que se candidatam. Não o fazer é enganar.


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Os responsáveis da FCMP eleitos ou designados em conformidade com as normas estatutárias assumiram um Programa Eleitoral. Apoiei e votei nos actuais dirigentes da FCMP com base no Programa Eleitoral (ver AQUI) com que se candidataram, confiante que honrariam a promessa que assumiram e que continuo a exigir (como deve fazer qualquer associado ou associação responsável) que cumpram.

São também situações de incumprimento reiterado dos compromissos assumidos por dirigentes que minam a confiança no associativismo e nas instituições. No caso concreto do Presidente e da Direcção da FCMP é bem patente, mais de 3 anos depois da tomada de posse e a pouco menos de 1 ano do fim do mandato, que a enorme esmagadora maioria dos compromissos referentes ao autocaravanismo (e não só) não foi cumprida e dificilmente neste mandato o será e muito menos com qualidade.

Enquanto membro da “Comissão de Autocaravanismo da FCMP”, sugerido para o efeito à FCMP pela “Associação de Autocaravanismo de Portugal – CPA”, nomeado pelo “Presidente da FCMP” e eleito para o Executivo dessa mesma Comissão de Autocaravanismo pelos respectivos pares, não posso, em consciência, continuar a pactuar com todos os responsáveis da FCMP (ou seja, com todos os membros de todos os órgãos estatutários) que não cumprem e/ou não exigem o cumprimento do Programa Eleitoral ao abrigo do qual se candidataram ou foram designados.



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No seio da FCMP tenho contribuído activamente para o Autocaravanismo, a nível nacional e internacional, com documentos e propostas. Dois outros membros da Comissão de Autocaravanismo, também eleitos para o Executivo dessa Comissão, não se furtaram igualmente a esforços para o desenvolvimento do Autocaravanismo na FCMP, mas, face às dificuldades que activa ou passivamente lhes eram colocadas, demitiram-se.

Pelo peso institucional que tem, a FCMP, é a associação que melhor pode defender os veículos autocaravanas contra a discriminação negativa de que as mesmas são vítimas e levar o Autocaravanismo a um nível superior de reconhecimento. ASSIM O QUEIRAM OS DIRIGENTES! Realce-se que nos acampamentos nacionais e internacionais as autocaravanas já ocupam um espaço por vezes superior a 50% do total de presenças, de que são exemplos os “Rallies” promovidos pela Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo.

É, pois, uma evidência, que os actuais dirigentes da FCMP não entendem a dinâmica do autocaravanismo. Não o entende o actual Presidente da FCMP. Não o entendem os actuais membros dos órgãos estatutários da FCMP.

Alguns dir-me-ão que é à maioria que compete decidir, que é a democracia a funcionar. DIGO-LHES QUE ESTÃO ERRADOS:

EM DEMOCRACIA OS DIREITOS ESSENCIAIS NÃO SE VOTAM – APLICAM-SE!

EM DEMOCRACIA OS COMPROMISSOS NÃO SE REVOGAM – CUMPREM-SE!


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NOTA: Nesta data, na impossibilidade de manter uma relação de confiança com a práctica política dos actuais dirigentes da FCMP, informei disso mesmo, através de carta, o Presidente da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, dando também conhecimento ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FCMP, aos membros da Assembleia Geral da FCMP, à Comissão de Autocaravanismo da FCMP e à Direcção da Associação Autocaravanista de Portugal - CPA.


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) - AQUI)

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