quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ONDE ESTÃO OS ERROS DO CPA?




ONDE ESTÃO OS ERROS DO CPA?


Recentemente (?) a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” tem desenvolvido uma intensa actividade que merece uma análise comparativa mais aprofundada.





ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE LISBOA

Após dois anos consecutivos apresentando uma proposta para a implementação de uma Área de Serviço para autocaravanas na cidade de Lisboa o CPA, pela terceira vez, não desistindo do propósito de apoiar os autocaravanistas que visitam Lisboa, obteve finalmente um resultado positivo (ver AQUI) com a colaboração dos autocaravanistas, respectivos familiares e amigos e, eventualmente, de outros participantes que entenderam que o significado da proposta do CPA está muito para além de um mero interesse corporativo.

Efectivamente o CPA, com esta proposta, demonstrou, uma vez mais, que não está centrado  de forma egoísta nos interesses exclusivos que poderia ter enquanto associação. Virou-se para o exterior e fez (faz) serviço público.




PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2016

Como é usual, em associações democráticas, credíveis e responsáveis, o CPA votou, há menos de um mês, o respectivo Plano de Actividades para 2016. E, como também é usual em associações que nada têm a esconder e que, consequentemente, têm uma gestão transparente, divulgou, além do Plano de Actividades (ver AQUI), o Orçamento para 2016 (ver AQUI).

Nesse Plano, como aliás em anteriores Planos de Actividade, encontram-se delineados diversos objectivos que ultrapassam os interesses corporativos do CPA e se viram para os interesses mais gerais do Movimento Autocaravanista de Portugal.

De realçar, no Plano de Actividades, o propósito de “Promover todas as diligências necessárias e possíveis, designadamente junto da Associação Nacional de Segurança Rodoviária, para que seja divulgada uma interpretação do Código da Estrada que uniformize a aplicação do Código em todo o território português e que impeça a discriminação negativa do veículo autocaravana que se vem verificando em algumas partes de Portugal”.

Mas, os associados do CPA ao aprovarem o Plano de Actividades consideraram positiva a intenção de a Direcção levar “ (…) à consideração dos sócios, em Assembleia Geral, do eventual apoio e voto a conceder (ou não) aos candidatos de todos os órgãos da FCMP para o próximo mandato”. Ao continuar a promover a participação dos sócios nas grandes decisões da Associação, a Direcção não só está de parabéns como revela uma enorme consciência democrática.

Não se está, pois, com este Plano de Actividades, na presença de um de um programa de festas, encontros e passeios. É um Plano de Actividades direcionado para a defesa dos direitos e dos interesses da modalidade, o que só dignifica a mais antiga associação existente em Portugal essencialmente vocacionada para o autocaravanismo.




WELCOME FRIENDLY PLACE

Alguns (muitos? poucos?) não terão valorizado a informação dada pela Vice-Presidente da Direcção do CPA no  dia 11 do passado mês  de  Abril no Colóquio / Informação realizado no decorrer da NAUTICAMPO e que constituiu uma autêntica pedrada no charco ao assumir-se que o autocaravanismo tem que ter uma especial atenção no desenvolvimento dos interesses das populações, mormente nas especificidades de cada localidade, mas em estreita colaboração com as autarquias. Foi nessa peerspectiva que foi então apresentado o programa “Welcome Friendly Place” (ver AQUI) que se destina, junto da comunidade autocaravanista, nacional e internacional, a promover os Concelhos (que não pratiquem discriminação negativa) e Regiões Turísticas onde o autocaravanismo é reconhecido como uma actividade de interesse.

Está-se perante o início de um projecto que se perspectiva vir a ser de grande envergadura. Um projecto que na actualidade só é possível de se concretizar, com qualidade, no âmbito de uma associação como o CPA.




PARCERIAS SOLIDÁRIAS

Ultrapassar o egocentrismo constitui um objectivo do CPA que se concretizou, pela primeira vez, com a assinatura de um protocolo com Clube de Campismo de Lisboa (CCL), a 5 de Maio de 2012, em Mora e no qual se estabeleceu que cada uma destas duas entidades (CPA e CCL) concede aos associados da outra entidade a utilização dos meios de lazer ou outros de que disponha para utilização dos respetivos associados, bem como para a inscrição e participação nos eventos que realize, os mesmos direitos e obrigações estabelecidos para os seus próprios associados.

Em 2014 foi estabelecido um protocolo idêntico com o Clube de Caça e Pesca de CoimbraSul (CCPCS) no prosseguimento de uma política associativa solidária.

Recentemente, em 2015, o Grupo Flamingo - Associação de Defesa do Ambiente -  assinou com o CPA um protocolo semelhante aos já estabelecidos com o CCL e com o CCPCS.

O tempo dirá se estas Parcerias Solidárias se irão alargar a outras entidades, ultrapassando egoísmos arcaicos, permitindo inclusive antever uma futura e desejável colaboração entre todos os intervenientes.




PLATAFORMA DE ENTENDIMENTO

Com a aprovação por unanimidade do Plano de Actividades para 2016 ficou expresso que o CPA continuará atento ao desenvolvimento do Movimento Associativo Autocaravanista e aberto a contactos com outras Associações e/ou Clubes nacionais e estrangeiros que se pautarem pelo combate à discriminação negativa da circulação e estacionamento de autocaravanas.

Desde há alguns anos que me pronuncio pela existência de uma Plataforma de Unidade inorgânica e constituída APENAS por associações com personalidade jurídica essencialmente vocacionadas para o autocaravanismo. Sem a participação da FPA ou da FCMP. Só que a FPA não deixa! (ver AQUI). Se e quando deixar já pode ser tarde.

Os que vêm clamando pela existência de um entendimento entre todas as associações essencialmente vocacionadas para o autocaravanismo têm a resposta clara do CPA sobre esta matéria e aprovada pelos associados. Ou seja: Não é apenas um objectivo da Direcção do CPA; é um objectivo do próprio CPA. Quem é que, depois de nas redes sociais ter mostrado verbalmente disponibilidade para entendimentos, não os quer na prática concretizar?


Pelo que fica dito e demonstrado, respondo à pergunta que é feita no título deste artigo de opinião (ONDE ESTÃO OS ERROS DO CPA?) afirmando:

Não existem erros nas políticas autocaravanistas do CPA

SÓ VERDADES


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)

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