sábado, 31 de janeiro de 2015

Memórias CPA - Exponor - Campisport



MEMÓRIAS
do
CPA


EXPONOR - CAMPISPORT



Duas fotos obtidas em 2004 para mais tarde recordar.

Caso recorde as circunstâncias em que foram feitas não hesite em partilhar essa recordação nos comentários abaixo.


As fotos podem ser acedidas AQUI

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Comperochas em Tomar



ENCONTROS COMPEROCHAS
TOMAR

(2001)

No âmbito dos Encontros dos Comperochas (Companheiros Amigos das Peras Rochas), espaço de liberdade e companheirismo cimentado ao longo de anos, Tomar foi um pretexto para um Encontro de Convívio, Turismo Cultura e troca de opiniões.

Nesta foto reportagem, que interessa essencialmente aos participantes, podem, contudo, ver-se alguns apontamentos de Tomar.

Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


Encontros Comperochas
Tomar

Para ver as fotos prima         AQUI



MUSEU DOS FÓSFOROS
Tomar

Durante 27 anos, o Cidadão Benemérito de Tomar, Aquiles da Mota Lima, coleccionou mais de 43 mil caixas e carteiras e cerca de 16 mil etiquetas de caixas de fósforos. Esta colecção, doada ao município em 1980, representa cerca de 127 países de todo o mundo, distribuídos por sete salas contíguas. O Convento de São Francisco, onde esta colecção visitável se encontra, abre a porta ao passado: história, política e literatura mundiais, música, arte, ciência, tecnologia, desporto, religião são apenas alguns dos temas que podemos encontrar; para além destes, ainda temos as inúmeras curiosidades, como a caixa francesa sobe-escadas... 

A história desta colecção visitável deve-se ao tomarense Aquiles da Mota Lima. Em 1953, ao viajar para Inglaterra, com o objectivo de assistir à coroação da rainha Isabel que travou conhecimento com uma senhora que fazia colecção de caixas de fósforos. Em conversa, ficou acordado que Aquiles Lima lhe enviaria as caixas mais bonitas que encontrasse durante as suas viagens. Cumprindo o que lhe fora pedido, comprava dois exemplares, um para a senhora e outro para si. Quando chegou a Portugal, somava já uma centena, marcando o início do fascínio pelo Filumenismo, que foi crescendo a par da sua colecção.

No dia 1 de Março (Dia da Cidade) de 1980, este Cidadão Benemérito doou as cerca de 43 mil caixas e 16 mil etiquetas de fósforos, coleccionadas ao longo de 27 anos, ao município de Tomar, o qual, apenas em 1989 as instalou numa das alas do Convento de São Francisco, classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP). O acesso foi, desde o início, gratuito.

Distribuída ao longo de sete salas, esta colecção, cujas caixas contêm todos os fósforos, representa cerca de 127 países, através dos quais é possível observar uma peculiar descrição da história e cultura universais. As secções de exposição estão divididas em três períodos: de 1827 a 1895; de 1895 a 1910; e, por último, de 1910 à actualidade.

A primeira sala é dedicada aos certificados de participação em exposições de Filumenismo, à apresentação de algumas etiquetas de caixas de fósforos italianas e, ao centro, de uma máquina de etiquetagem.

Da segunda à quarta sala são contemplados países de vários continentes, como por exemplo Grécia, Brasil, EUA, Cuba, Panamá, Colômbia, Uruguai, Roménia, Bulgária, Malta, México, Japão, China, Eslovénia, Estónia, Ucrânia, Tunísia, Vietname, Tanzânia, Paquistão, Coreia, Etiópia, Argélia, Irlanda, Finlândia, Angola, Austrália, Irão, Inglaterra, Suíça, Áustria, Alemanha, Rússia, etc. Nestas caixas podemos observar as paisagens de cada país, os seus respectivos trajes, tradições, reis, quadros célebres, instrumentos musicais, estrelas de cinema, jóias e pedras preciosas, esculturas, cerâmica, mitos e artes lendárias, ciência, tecnologia, desporto e religião, entre muitos outros temas. A publicidade a produtos nacionais também estão presentes, assim como a fauna e a flora.

A quinta sala é dedicada a alguns países da Europa, possuindo exemplares provenientes da Bélgica, Holanda, ex - Repúblicas Federal e Democrática Alemãs.

A sexta sala versa exclusivamente sobre Espanha, onde é possível admirar a tauromaquia, as danças tradicionais como as sevilhanas, os trajes de cada região, os jogadores de futebol e várias personalidades importantes.

A sétima e última sala, agrupa as caixas de fósforos portuguesas, na qual se assiste a uma retrospectiva do nosso país, onde os trajes, os reis, os coches, a política e campanhas eleitorais e os monumentos saltam à vista. Também a publicidade a produtos alimentares da época são alvo de atenção.

As sete salas estão recheadas de curiosidades; desde a mini-caixa com fósforos minúsculos à maior, com cerca de 40 centímetros. Podemos ainda apreciar os fósforos anti-vento e os que acendem sob a água; a caixa sobe-escadas, equipada com uma vela para que se pudesse subir as escadas sem queimar os dedos; os puzzles feitos com várias caixas; caixas redondas, hexagonais, de prata e bordadas; fósforos com incenso... Cada uma das alas reserva caixas surpreendentes.

A colecção do Museu dos Fósforos está em constante crescimento, uma vez que novas caixas continuam a integrar o espólio, através de doação ou compra.

De portas abertas todos os dias da semana, o Museu dos Fósforos Aquiles da Mota Lima convida a uma viagem pelo mundo, desvendando a beleza de cada um dos lugares.

Fonte: Blogue “Museu dos Fósforos”


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Devagar se vai ao longe


Presidentes da FCMP e do CPA
Brindar ao futuro do autocaravanismo


DEVAGAR SE VAI AO LONGE


POLÍTICA AUTOCARAVANISTA CLARIFICADA

Recentemente a Assembleia Geral da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), aproveitando as alterações Estatutárias que teve que fazer por imposição legal, alterou o artigo 3º dos Estatutos substituindo o conceito de o autocaravanismo ser uma disciplina do campismo. Foi encontrada uma terminologia que, sem fugir ao enquadramento legal a que as federações desportivas estão sujeitas, veio considerar o autocaravanismo como podendo ser uma modalidade diferente do campismo, mas sem prejuízo, porém, de também o poder ser (ver AQUI).

É através destas acções resultantes da procura de entendimentos que as mudanças se vão operando, sem roturas, criando espaços onde todos os que usufruem da actividade autocaravanista se sintam integrados e que contribuem para fazer da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal uma associação onde o diálogo, embora difícil, se vai fazendo com resultados positivos para todos os autocaravanistas, qualquer que seja a vertente que perfilhem.

Na sequência desta importante alteração institucional (a alteração estatutária) impunha-se, coerentemente, que também fossem modificados os conceitos constantes do Portal da FCMP o que, desde pelo menos 25 de Janeiro de 2015 (data comemorativa das Bodas de Prata do CPA), se concretizou, como pode ser constado (ver AQUI).

O texto que a FCMP divulga sob o título singelo de “Autocaravanismo” é (1) um precioso contributo para uma reflexão séria sobre o Movimento Autocaravanista de Portugal, (2) um valioso esclarecimento sobre as mais evidentes definições das matérias autocaravanistas, (3) um assumir assertivo contra a Discriminação Negativa do veículo autocaravana e, também, (4) contra a legislação que seja lesiva da igualdade de tratamento a que todos têm direito, não hesitando igualmente, a FCMP, em passar (5) uma mensagem clara (e com alguma critica) aos municípios que legislam com alguma ligeireza sobre as autocaravanas e, o que não é menos importante, clarificar que (6) o autocaravanismo necessita é de que as leis existentes sejam cumpridas, nomeadamente o Código da Estrada, e não de novas leis que até podem ser restritivas e discriminatórias.

Mas, além desta clarificação de política autocaravanista, a FCMP conclui o texto reconhecendo que quando utilizada racionalmente, em conformidade com os códigos de civismo existentes, a autocaravana é a solução ideal, numa perspetiva do aproveitamento turístico, campista, cultural, desportivo e lúdico, para também o usufruto daquilo que a natureza graciosamente nos oferece, seja no campo, seja na praia, seja no interior de qualquer localidade.

Se já antes a FCMP tinha promulgado o “Regulamento da Comissão de Autocaravanismo” (ver AQUI), sinal da importância desta modalidade no seio da Federação, e em consequência, designado uma “Comissão” (ver AQUI), há que realçar igualmente a divulgação do documento “O que é uma autocaravana e seu funcionamento” (ver AQUI) e, para que não subsistem quaisquer dúvidas sobre a política autocaravanista da FCMP, a exibição da “Declaração de Princípios” (ver AQUI) que a própria Federação subscreveu em 2010, vem desfazê-las.


RECORDAR

Por vezes, a memória não é a melhor, o que justifica recordar algumas das iniciativas e apoios da FCMP relacionadas com o autocaravanismo: 
  • Proposta de Projeto-lei apresentado em 2005 na Assembleia da República em que, no essencial, era definido o que se entendia por Acampar e Estacionar em Autocaravana; 
  • Dinamização do 1º Gesto Eco Solidário em 2006, após a devastação da região devido a um incêndio em 2005; 
  • Colóquio (O Autocaravanismo e as Leis actuais) realizado em Fevereiro de 2009 no decorrer da Nauticampo que teve lugar na Feira Internacional de Lisboa; 
  • “Declaração de Princípios” aprovada em 2010 pela Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo por proposta da FCMP; 
  • Em 7 de dezembro de 2010 a FCMP é recebida pela “Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local” da Assembleia da República onde foi analisada a Resolução do Conselho de Ministro N.º 86/2003, de 25 de Junho “Regulamento do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Sintra – Sado” no que se refere à proibição de estacionamento, exclusivamente de autocaravanas, entre as 0 e as 8 horas, disposição que consta de outros Planos de Ordenamento; 
  • Em 2013 a FCMP emite um Parecer Jurídico que considera legal o estacionamento das autocaravanas, com ou sem pessoas no interior, em igualdade de circunstâncias com veículos de igual gabarito e em conformidade com o Código da Estrada, considerando de legalidade duvidosa a existência, por exemplo, de Posturas Municipais que proíbem esse estacionamento discriminatório; 
  • No Relatório de 2013 faz a distinção entre Campismo e Autocaravanismo; 
  • Uma representação da FCMP desloca-se em 2013 a uma reunião da Comissão Autocaravanista da Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo, em Zadar, Croácia onde interveio com o objetivo de motivar os participantes nessa reunião para uma ação no combate à discriminação negativa do autocaravanismo ao nível europeu; 
  • Plano de Atividades e Orçamento para 2014 com um importante significado no que se refere à política autocaravanista a seguir pela FCMP; 
  • Presença no IX Gesto (28, 29 e 30 de março de 2014) organizado pela Câmara Municipal de S. Pedro do Sul (Portugal); 
  • O Presidente da FCMP esteve presente no 53º Encontro CPA que decorreu no Minho e onde foram inauguradas duas Áreas de Serviço (Intermarché de Mazarefes e Vila Praia de Âncora) e a ampliação e optimização da área de Serviço de Vila Nova de Cerveira, presença que em si mesma significa o apoio da Federação a este tipo de equipamentos; 
  • O Presidente da FCMP comparece nas cerimónias comemorativas das Bodas de Prata do CPA e, o que é significativo, no mesmo período em que o Portal da Federação divulga publicamente o documento “Autocaravanismo” no qual se assume muito da política autocaravanista e dos anseios dos autocaravanistas.


VALORIZAÇÃO DO AUTOCARAVANISMO

Por estarmos na presença de uma Federação que tem o Estatuto de Utilidade Pública e que conta com cerca de 500 entidades filiadas não posso (não podemos) deixar de equacionar a importância, a responsabilidade e a valorização altamente significativa das deliberações públicas que a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal vai progressivamente assumindo em prol do autocaravanismo em todas as vertentes.




(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Vila Cova do Alva (Arganil)


APONTAMENTOS DE VIAGEM

Portugal
Concelho de Arganil



Aqui podem ser encontradas fotos que a sensibilidade do autor, naquele momento, quis guardar sabe-se lá porquê.

Alguns dos álbuns contêm apenas uma única foto, outros umas dezenas, mas em nenhum dos álbuns houve a preocupação de estabelecer qualquer critério de ordenação das fotos.

Faço votos para que apreciem e, sobretudo, que sirvam de incentivo a uma visita.


Vila Cova do Alva
2002


Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


Para ver as fotos prima AQUI

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Serra do Açor (Arganil)



APONTAMENTOS DE VIAGEM

Portugal
Concelho de Arganil



Aqui podem ser encontradas fotos que a sensibilidade do autor, naquele momento, quis guardar sabe-se lá porquê.

Alguns dos álbuns contêm apenas uma única foto, outros umas dezenas, mas em nenhum dos álbuns houve a preocupação de estabelecer qualquer critério de ordenação das fotos.

Faço votos para que apreciem e, sobretudo, que sirvam de incentivo a uma visita.


Serra do Açor
2002


Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


Para ver as fotos prima AQUI

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Poesia de … António Maria Lisboa


Foto de AVENTAR

Projecto de Sucessão

Continuar aos saltos até ultrapassar a Lua
continuar deitado até se destruir a cama
permanecer de pé até a polícia vir
permanecer sentado até que o pai morra

Arrancar os cabelos e não morrer numa rua solitária
amar continuamente a posição vertical
e continuamente fazer ângulos rectos

Gritar da janela até que a vizinha ponha as mamas de fora
pôr-se nu em casa até a escultora dar o sexo
fazer gestos no café até espantar a clientela
pregar sustos nas esquinas até que uma velhinha caia
contar histórias obscenas uma noite em família
narrar um crime perfeito a um adolescente loiro
beber um copo de leite e misturar-lhe nitro-glicerina
deixar fumar um cigarro só até meio
Abrirem-se covas e esquecerem-se os dias
beber-se por um copo de oiro e sonharem-se Índias.




António Maria Lisboa (Lisboa, 1 de Agosto de 1928 — Lisboa, 11 de Novembro de 1953) foi um poeta português.

Apesar da sua evidente preferência pelas artes e letras, foi obrigado pelo pai a frequentar o Ensino Técnico, que detestava. A partir de 1947 forma, com Pedro Oom e Henrique Risques Pereira, um pequeno grupo à parte das actividades dos surrealistas, adoptando uma postura inconformista diante da transformação do surrealismo numa escola, no que acabaria por conduzir ao abjeccionismo, termo em que convergem os princípios da estética surrealista e uma postura poética de «insubmissão permanente ante os conceitos, regras e princípios estabelecidos». Em Março de 1949, parte para Paris, onde permanece por dois meses. Datam provavelmente dessa curta estada os seus primeiros contactos com o Hinduísmo, a Egiptologia, e o Ocultismo em geral. Escreveu Erro Próprio (1950), o principal manifesto do surrealismo português, e foi redactor de Afixação Proibida, em colaboração com Mário Cesariny, amigo que o acompanhou até aos últimos dias de vida. Atormentado por dificuldades existenciais, morreu de tuberculose com apenas vinte e cinco anos.

Ainda que inserida no surrealismo, a obra de António Maria Lisboa (em parte publicada postumamente por Luiz Pacheco na editora Contraponto) caracteriza-se por uma faceta ocultista e esotérica que a torna muito particular. Lisboa prefere intitular-se «metacientista», e não surrealista, porque, como argumenta numa carta a Mário Cesariny, a «Surrealidade não é só do Surrealismo, o Surreal é do Poeta de todos os tempos, de todos os grandes poetas». Em 1977 foi publicado um volume com a sua obra completa organizado por Cesariny. Na introdução, este salientou não só o facto de a destruição dos manuscritos operada por familiares do poeta constituir uma perda irreparável para a história do surrealismo português, como o facto de a sua morte prematura parecer encimar um itinerário fulgurante ao longo do qual poesia e vida constituíram uma unidade indissolúvel. Escreveu ainda acerca de António Maria o seguinte: Preocupado com uma verdadeira aproximação às culturas exteriores à tão celebrada civilização ocidental, há na sua poesia uma busca incessante de um futuro tão antigo como o passado. Pode, e decerto deve, ser considerado o mais importante poeta surrealista português, pela densidade da sua afirmação e na direcção desconhecida para que aponta.

Obras

  • Afixação Proibida (1949);
  • Erro Próprio (1950);
  • Ossóptico (1952);
  • Isso Ontem Único (Lisboa, 1953);
  • A Verticalidade e a Chave (Lisboa, 1956);
  • Exercícios sobre o Sonho e a Vigília de Alfred Jarry seguido de O Senhor Cágado e o Menino (Lisboa, 1958);
  • Uma Carta: Estrela da Ilha em Puros Ministros (Lisboa, 1958)
  • Poesia de António Maria Lisboa (org. Mário Cesariny, Lisboa, 1962)



Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre


domingo, 25 de janeiro de 2015

25 ANOS




25 ANOS

Catorze campistas, entusiasmados com a mobilidade e conforto que era proporcionado pelos veículos que iam adaptando à prática de um campismo motorizado fundaram o Clube Português de Autocaravanas.

A ideia de um Clube apenas vocacionado para as autocaravanas despontou em Setembro de 1988 no Parque de Campismo de Escaropim e afirmou-se no decorrer do Acampamento de S. Martinho que se realizava no Parque de Campismo de Santa Cruz em 1989.

Ana Catarina Santos, Ana Maria Santos, Cipriano Gomes, Eduardo Silva Lopes, João Tavares, Joaquim Malpique, Jorge Baeta, Manuel Carvalho, Manuel Pinto Ribeiro, Mário Santos, Olga Baeta, Otília Malpique, Paula Baeta e Vítor Tavares concretizaram essa ideia no dia 25 de Janeiro de 1990.

Desde essa data e durante alguns anos a noção de autocaravanismo esteve arredada das iniciativas do CPA, dos seus fundadores e dos seus dirigentes. O CPA era uma associação campista que essencialmente utilizava as autocaravanas como um meio para a prática do Campismo.

A evolução tecnológica das autocaravanas e o cada vez maior conforto começou a trazer para esta modalidade pessoas que não emanavam do campismo e, algumas dessas pessoas, também se não reviam nos rituais campistas, apenas pretendendo utilizar a autocaravana para a prática de um turismo com maior mobilidade, um turismo itinerante. Mas, tal como a televisão não extinguiu o cinema, também o autocaravanismo, enquanto modalidade de turismo itinerante, não acabou com o campismo em autocaravana. Dir-se-á mesmo que os dois conceitos se cruzam e entrecruzam e que os rituais e valores cívicos do chamado autocaravanismo (enquanto turismo itinerante) foram bebidos nos rituais e valores cívicos do campismo.

Quando nos Encontros Autocaravanistas têm lugar os jantares convívios (em que até por vezes os convivas animam o serão) estão a beber na dinâmica do tradicional Fogo de Campo; quando os autocaravanistas trazem para a mesa do jantar sobremesas típicas dos locais de origem, estão a evocar o que os campistas tradicionalmente expressam numa simples frase: “Traga o seu e coma de todos”; quando num Encontro Autocaravanista se dinamiza uma acção de solidariedade/caridade faz-se o que já nos princípios do campismo (com Baden Powell) os campistas faziam noutra conjuntura: ajudar o próximo fazendo a boa acção do dia; quando os autocaravanistas trocam através dos respectivos dirigentes lembranças, galhardetes, crachás, estão a repetir o que os campistas já vêm fazendo há muitos anos; quando nos Encontros Autocaravanistas se cantam os hinos das respectivas associações (ou outros hinos exortando ao companheirismo, à unidade, à amizade) estão a fazer exactamente o que fazem os campistas.

No que se refere aos valores cívicos e comportamentais uma elevada percentagem das regras estabelecidas que os campistas, caravanistas e autocaravanistas devem seguir são quase, senão mesmo iguais, às que o “Código Campista”, as “Boas práticas campistas”, a “Cartilha do Autocaravanista”, as “Regras de Ouro” ou o “Respeito Autocaravanista” preconizam entre si. E são semelhantes ou iguais porquê? Porque as normas são regras de civismo e, como tal, aplicam-se a qualquer cidadão.

Os dirigentes do CPA à medida que o autocaravanismo implodia em número não puderam deixar de analisar desapaixonadamente o enquadramento das autocaravanas e terão, possivelmente, compreendido que não obstante o chamado autocaravanismo (enquanto turismo itinerante) beber nos rituais e valores cívicos do campismo, existia uma diferença que se manifestava, essencialmente, no individualismo e na temporalidade e diversidade de permanência num local. Embora sem dados estatísticos concretos parece ser uma evidência que uma maioria de autocaravanistas não se encontra inscritos em nenhuma associação, o que pressupõe (salvo melhor opinião) um individualismo óbvio.

O CPA, conforme é público, sempre defendeu o autocaravanismo em todas as vertentes, pelo que se tornava necessário uma “Declaração de Princípios”, (que veio a acontecer e que o CPA subscreveu,) para defender o chamado autocaravanismo (enquanto turismo itinerante) possibilitando que a temporalidade e a diversidade de permanência num local não se confundissem com a prática de campismo na via pública. E, sendo o autocaravanismo praticado com o veículo autocaravana não se poderia (não se pode) aceitar que o Código da Estrada não fosse exercido, sem “Discriminação Negativa” das autocaravanas, relativamente a veículos de igual gabarito. Mas, também, a temporalidade e a diversidade de permanência num local implica a criação de Áreas de Serviço para Autocaravanas que a “Declaração de Princípios” sugere.

A dinâmica do CPA, que é reconhecida tanto a nível nacional como internacional, a coerência, a assertividade, o empenho, a cada vez maior capacidade institucional, justificaram, entre outros motivos, que seja uma entidade incontornável no panorama do Movimento Autocaravanista de Portugal, pelo que a denominação do CPA, a mais antiga associação autocaravanista do nosso país, justificava-se que passasse a ser:

ASSOCIAÇÃO AUTOCARAVANISTA DE PORTUGAL – CPA

Todos os dirigentes do CPA têm vindo a considerar que é na Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal que as garantias, interesses e direitos dos autocaravanistas em todas as vertentes poderão estar melhor defendidos. Mas, essa defesa (que se verifica também no seio do CPA) não abrange apenas os sócios da Associação Autocaravanista de Portugal – CPA.

25 anos depois da fundação, o CPA não olvida nem prescinde dos associados que se reconhecem como campistas em autocaravana, mas também não deixa de apontar todos os esforços para que os autocaravanistas que se reconhecem como turistas em autocaravana tenham as condições mínimas essenciais e não vejam os seus veículos Discriminados Negativamente.

VIVA O CPA!


sábado, 24 de janeiro de 2015

Memórias CPA - Visita a Pereira




MEMÓRIAS
do
CPA


CARAPINHEIRA – VISITA A PEREIRA



Duas fotos obtidas em 2001 para mais tarde recordar.

Caso recorde as circunstâncias em que foram feitas não hesite em partilhar essa recordação nos comentários abaixo.



As fotos podem ser acedidas AQUI

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Comperochas em Janas



ENCONTROS COMPEROCHAS
JANAS

(2001)

No âmbito dos Encontros dos Comperochas (Companheiros Amigos das Peras Rochas), espaço de liberdade e companheirismo cimentado ao longo de anos, Janas foi um pretexto para um Encontro de Convívio, Turismo Cultura e troca de opiniões.

Nesta foto reportagem, que interessa essencialmente aos participantes, podem, contudo, ver-se alguns apontamentos de Janas.

Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


Encontros Comperochas
Janas

Para ver as fotos prima         AQUI


JANAS

Janas é uma aldeia situada a cerca de 1 km de Azenhas do Mar e de 2 km da Praia das Maçãs, no concelho de Sintra. É terra de pinhais, campos de cultivo e vinho de Colares. É uma povoação predominantemente rural, portanto.

Há em Janas uma capela que tem a particularidade de ter planta circular, em vez de a ter retangular ou quadrada, e que é dedicada a São Mamede. Não há muitas capelas como esta em Portugal. De momento, só me lembro de uma outra capela que tem planta circular, existente em Cabanas de Azeitão, no concelho de Setúbal, e sobre a qual nada sei.

Porque é que a capela de São Mamede de Janas tem planta circular? Diz-se que a razão reside no facto de ela ter sido construída no local em que terá existido uma edificação anterior à ocupação romana e que os romanos terão aproveitado para erguer, por sua vez, um templo dedicado à deusa da caça, Diana. Há quem diga, mesmo, que o topónimo Janas deriva precisamente de Diana. A capela atual data provavelmente do séc. XVI ou XVII.

A capela circular de Janas é o centro de uma romaria dedicada a São Mamede, que se realiza todos os anos entre os dias 15 e 17 de agosto. Ora São Mamede é considerado protetor do gado. Por isso, os lavradores da região de Colares, Sintra, Mafra e mesmo de Torres Vedras levam o seu gado até à festa de São Mamede de Janas. Bois, cavalos, burros e outros animais são então levados a dar três voltas em redor da capela, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Esta tradição é já antiga. Por exemplo, nos seus "Apólogos Dialogais" escreveu D. Francisco Manuel de Melo, que viveu no séc. XVII: «Porem agora, que huma Corte tão luzida, como a da nossa Lisboa; a qual não há inveja a nenhuma Christandade, vos anda à roda sempre, como gado vacum, em torno da Ermida de S. Mamede, que podeis envejar que não seja vicio?»


Fonte: Blogue “A Matéria do Tempo”

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

TRÊS HISTÓRIAS sobre o CCI




TRÊS HISTÓRIAS


HISTÓRIA
DO
 CARTÃO CAMPISTA INTERNACIONAL


O “Camping Card International” (CCI) foi criado pela “Fédération Internationale de Camping, Caravanning et Autocaravaning” (FICC) em 1934, com a denominação, à época, de “International Introduction Card” (IIC), apenas um ano após a fundação da FICC, constituída, então, por 16 Clubes de 7 países.

Em 1938 é incorporado no IIC um seguro de responsabilidade civil que, não obstante as alterações que ao longo de anos se verificaram no cartão, se manteve incorporado com os mesmos objetivos.

Em 1939 a “Alliance Internationale de Turisme” (AIT) junta-se ao ainda IIC que, no entanto, em 1953 altera a denominação e passa a ser o “International Camping Carnet” (ICC).

O ICC recebe, em 1956, a "Fédération Internationale de l'Automobile" (FIA) e é a partir de 1960 que as 3 entidades emissoras do ICC acordam em estandardizar o cartão e em 1965 constituem o “International Liaison Committe AIT/FIA/FICC”.

Só em 1990 este cartão criado pela FICC (a que se juntaram posteriormente a AIT e a FIA) passa a ter o nome com que ainda hoje o conhecemos: “Camping Card International”

O êxito deste cartão criado em 1934 pela FICC é crescente e, segundo os dados disponíveis, já era utilizado em 1996 por 812.230 pessoas.

O CCI não é, no entanto, apenas uma história. O que é que o CCI proporciona aos que o utilizam? Vejamos: 
  • Permite que num Parque de Campismo não se tenha que deixar na receção do Parque um outro documento de identificação, como, por exemplo, o passaporte.
  • Permite que se tenha descontos em mais de 1700 Parques de Campismo Europeus que podem ir até 40%, tanto na época alta, como na baixa.
  • Permite que se esteja despreocupado num Parque de Campismo, pois está-se habilitado com um seguro de responsabilidade civil de terceiros durante a estadia e desde que os acompanhantes não sejam em número superior a onze. 
O CCI é amplamente aceite em múltiplos Parques de Campismo da Alemanha, Austrália, Áustria, Belarus, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Látvia, Luxemburgo, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, San Marino, Sérvia, Suécia, Suíça e Ucrânia.

Não são só os utilizadores que têm interesse em ter o CCI. Os próprios Parques de Campismo têm todo o interesse em aceitar este documento. Porquê?

·   Quase todas (senão mesmo todas) as informações necessárias para efetuar o registo de um utilizador do Parque de Campismo estão no CCI. 
  • O pagamento da estadia no Parque de Campismo está garantido com o CCI até um máximo de 7 dias. 
  • Com um simples telefonema a morada e a família de um portador do CCI é devidamente localizada em caso de acidente ou calamidade.
  • Caso se verifiquem danos já ao Parque de Campismo, já a terceiros nele alojados, serão cobertos pelo seguro de responsabilidade civil de terceiros que o CCI proporciona.
Mas a história do “Camping Card International” (CCI) altera-se de novo e o CCI passou a ser emitido exclusivamente pela “Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo” (FICC) desde 1 de janeiro de 2014.

Este Cartão criado em 1934 volta de novo a ser representado e emitido em exclusividade pelo respectivo criador (a FICC) que pretende com este regresso às origens dar início a um novo ciclo de vida a um experimentado e acarinhado “ancião” de 80 anos.


O ACP MANTEM
O
CARTÃO CAMPISTA INTERNACIONAL

Em 20 de Novembro de 2014 escrevi que “Uma simples e mesmo rápida consulta à Página Eletrónica do ACP é o suficiente para se poder concluir que o Automóvel Clube de Portugal é uma instituição prestigiada e com força real e política para se fazer ouvir nos mais diversos centros de decisão.(ver AQUI). Também afirmei que a dinâmica dos dirigentes do ACP é inegável e, só assim, se pode compreender que perante a impossibilidade real de a partir de 2015 deixar de poder emitir o CCI tenham solicitado a adesão à FICC  para, alegadamente, poder continuar a emitir em Portugal o “Camping Card International” (CCI) por força de este cartão ter deixado de poder ser emitido pela “Fédération Internationale de l'Automobile" (FIA) onde o ACP se encontra filiado.

Essa adesão foi aceite como o comprova o Portal da FICC (ver AQUI)

Está pois de parabéns o ACP e fosse eu sócio do ACP não deixaria de elogiar os respectivos dirigentes pela iniciativa que tomaram em defesa dos interesses dos sócios. A Direcção do ACP cumpriu e bem as funções que exerce.

Mas, esta questão tem duas faces.
  • Primeiro, porque aceitou a Direcção da FICC a adesão do ACP? Terá consultado a Direcção da FCMP?
  • Segundo, qual foi a posição da Direcção da FCMP? Terá emitido opinião? Qual?
Não sei quais foram as posições destas duas Direcções, mas relativamente aos futuros utentes do CCI em Portugal sei que estão criadas duas categorias: 
  • A categoria de sócios do ACP (que também é filiado na FCMP) – Pagam a quotização de associado e pagam o custo da emissão do CCI; 
  • A categoria de sócios de uma associação filiada na FCMP – Pagam a quotização de associado, pagam a Licença Desportiva da FCMP e pagam o custo da emissão do CCI.
Será que esta situação é eticamente aceitável?

Será que esta situação poderá vir a ter efeitos negativos na aquisição das Licenças Desportivas da FCMP (vulgo Carta Campista) que constituem uma das fontes de rendimento desta Federação?

Uma situação que merece um ponto específico na Ordem de Trabalhos da próxima Assembleia Geral da FCMP.

O que está em causa não são as mais-valias, são os princípios e também os precedentes que justificam que a Associação Autocaravanista de Portugal – CPA tenha o direito de requerer a adesão à “Fédération Internationale de Camping, Caravanning et Autocaravaning” (FICC) e passar a poder emitir o CCI.


A FPA PERDE
O
 CARTÃO CAMPISTA INTERNACIONAL

Compreende-se, assim, a razão pela qual a associação representante em Portugal da Federation Internationale des Clubs de Motorhomes” (FICM) se apressou já em 2013 a informar, parcialmente, que a “A FICM comunicou-nos que foi obtida a possibilidade de emissão do cartão CCI para o ano de 2014”. O que não referiu é que essa possibilidade se extinguiria em 2015 para os sócios das associações que integram a FICM e que só se mantinha em 2014 a possibilidade de serem emitidos os cartões antigos que existissem em “stock” para obviar a burocracias administrativas.

Resumindo: A FICM deixa de poder emitir para os sócios das associações que a integram, como é o caso da FPA, o “Camping Card International”.

Depois de uma campanha em que se fez constar que era dispensável a intervenção da “Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal” (FCMP) para obter o “Camping Card International” não era fácil vir “dar o braço a torcer”.

(Não se compreende que algumas associações vocacionadas essencialmente para o autocaravanismo e até alguns autocaravanistas, ainda não tenham entendido que é imprescindível a unidade na ação (constituição de uma Plataforma de Unidade ou, se preferirem, de Entendimento) assente em princípios para que a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos autocaravanistas seja melhor assegurada.)

Mas, o mais caricato é que a FPA continua ainda em 2015 a considerar no respectivo Regulamento Interno (ver páginas 18 a 21) que pode emitir o “Cartão Campista Internacional”. Sugiro à FPA (o que já deveriam ter feito em 2014) que alterem o Regulamento Interno para que os associados dos Clubes Federados se não venham a sentir frustrados. A não ser que a FPA esteja à espera de ser aceite no seio da “Fédération Internationale de Camping, Caravanning et Autocaravaning” (FICC).

Portanto, os autocaravanistas que sejam exclusivamente associados dos Clubes aderentes da FPA estão impedidos de obterem o CCI, só lhes restando, se quiserem obter esse Cartão, associarem a um Clube filiado na Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, no Automóvel Clube de Portugal ou num qualquer outro Clube estrangeiro