sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ARPIAC - Poesia em Montelavar



ENCONTROS ARPIAC
POESIA

(2005)


“Gazeta da Poesia” era uma pequena folha, com uma tiragem diminuta, que organizou o então denominado “1º Encontro de Poesia” realizado na Sociedade Filarmónica União Montelavarense a 17 de Abril de 2005.

Porque os associados da ARPIAC (Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Agualva Cacém) foram especificamente convidados e compareceram em quantidade apreciável decidi inserir este evento na rubrica “Encontros ARPIAC”, não obstante nada mais existir em comum.


São algumas das imagens deste evento cultural realizado em Montelavar (Sintra) que esta Foto Reportagem apresenta.

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Encontros ARPIAC
Poesia em Montelavar

Para ver as fotos prima AQUI



MONTELAVAR

Montelavar e os seus arredores localizam-se a norte e a leste da serra de Sintra, nos limites do concelho de Sintra. Desde tempos remotos que esta localidade é habitada. Já na Pré-História, mais propriamente no Neolítico verifica-se a fixação de povoados provisórios em seu redor. O motivo desta fixação pode ter sido devido a aspectos de ordem geográfica (os solos, o clima, a água…), ou ainda ligados à magnetização e aos astros.

Segundo a tradição popular, o primitivo local do "habitat" em estudo erguia-se no Outeiro, colina sobranceira ao povoado. Porém, são já da época romana os vestígios arqueológicos seguros e abundantes que conhecemos em Montelavar, vestígios que surgem fora do Outeiro, em concreto na proximidade da Rua do Espírito Santo e em toda a sua extensão, desdeo interior da povoação aos descampados conhecidos por limites de Abremum. De realçar também, terem sido os romanos a implementar a exploração dos jazigos da região.

Nos fins do século XV, no reinado de D. Manuel I, a povoação é elevada a freguesia. Após esta data ressurge muito lentamente a exploração do mármore, até que no século XVIII, nomeadamente com a construção do convento de Mafra e a recuperação da cidade de Lisboa após o terramoto, a extracção do mármore torna-se a principal actividade. Verifica-se também um forte aumento populacional com a chegada de canteiros de outras regiões do país. Nos fins do século XVIII estariam a trabalhar nesta região mais de 50.000 canteiros.


Dentro da arquitectura salientamos as casas com traços tipicamente saloios. A maior parte das casas de primeiro andar foram construídas nos finais do século XIX, mostrando assim as condições financeiras dos seus habitantes, no auge da época próspera da transformação do mármore.

Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A máscara caiu



A MÁSCARA CAIU

("Não adianta explicar quando o outro está decidido a não entender")


Por que é que a verdade gera ódio?
 Por que é que os homens têm como inimigo aquele que prega a verdade, se amam a vida feliz que é mais que a alegria vinda da verdade?
Talvez por amarem de tal modo a verdade que todos os que amam outra coisa querem que o que amam seja verdade. Como não querem ser enganados, não se querem convencer que estão em erro.”
Santo Agostinho


Viver em democracia é difícil, principalmente quando se não aceitam outras opiniões, se tem comportamentos sectários e se não se usam os métodos censórios e repressores do antigamente pode dever-se a se não ter poder para tal.

Já por duas vezes (em anos distintos) os donos do CampingCar me "ameaçaram" de bloquear as minhas intervenções perante, digo eu, as mais variadas e imaginárias malfeitorias que tive a ousadia de escrever.

Pois agora é que foi! Os donos do CampingCar bloquearam o Papa Léguas por uma semana  “(…) para que reflita e adeque a sua postura e modo de atuação a este fórum (…).

Os pretextos, quanto a mim, dos donos do CampingCar sintetizam-se na afirmação que (…) evitamos que aqui sejam feitas (no CampingCar) referências depreciativas em relação a instituições (…) referindo-se, obviamente para mim, às críticas comprovadas  à FPA e chegando ao ponto de terem procedimentos intelectualmente desonestos ao darem a entender que os factos que apresento não são verdadeiros, por serem analisados à luz de uma opinião e interpretação pessoal. Evidentemente que são analisados à luz da minha opinião pessoal e os factos são verdadeiros (por muito que custe aos donos do CampingCar admiti-lo) e as interpretações são legitimas e só a mim responsabilizam.

O mais recente e absurdo pretexto é a acusação de que não respondo às questões que me são colocadas relativamente aos documentos que escrevo. E esta acusação até tem fundamento. Efectivamente, só respondo, em princípio, às questões que me são colocadas ao nível das ideias quando avalio que quem as faz tem a intenção de as equacionar de forma que considero intelectualmente honesta, com o objectivo de entender (não é concordar) a mensagem que está a ser passada. Quando tenho dúvidas se da parte de um qualquer meu interlocutor existe boa-fé, “desligo”. Por isso, alguns têm uma resposta; outros apenas o silêncio. Não dou importância a “intelectuais” que me parece querem apenas “brincar” com as palavras e também porque não adianta explicar quando o outro está decidido a não entender.

Na realidade, o que pressuponho ser o obectivo principal dos donos do CampingCar é que não sejam questionadas as teorias que defendem e que não têm tido aplicação prática. Mas, os donos do CampingCar estão a ir mais longe para impedir a divulgação de uma política autocaravanista distinta da que defendem e usam a técnica estafada de interpretar transcrições de trechos de documentos que divulgo ou, até, esquecendo que existem outros documentos complementares que justificam e comprovam afirmações feitas.

A comportamento "isento" dos donos do CampingCar é desmascarado quando as afirmações para justificar as suas posições resultam num subtil ataque crítico à Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, colocando a sua mão protectora nos autocaravanistas “puros” e ignorando que o que a FPA preconiza (e está escrito) é a discriminação negativa das autocaravanas relativamente aos veículos de igual gabarito.

Por muita argumentação que seja aduzida, evidenciando o secundário para esconder o principal, o que está em causa é o apoio envergonhado que os donos do CampingCar dão à FPA e às teorias redutoras que tem sobre o autocaravanismo, não admitindo e censurando todas as críticas à FPA e aos autocaravanistas “puros”, para o que usam pretextos.

Muitas vezes me pergunto se os donos do CampingCar não tivessem sido “corridos” de uma lista concorrente à Direcção do então Clube Português de Autocaravanas (CPA), em 2005, (ver AQUI) qual teria sido o futuro dessa associação? Os autocaravanistas sócios do CPA que se revissem no Campismo já teriam sido expulsos? O CPA com mais de 1000 associados estaria agora refém de uma Federação em que os actuais 3 filiados (com menos de uns 400 sócios) imporiam a sua vontade minoritária? Há males que vêm por bem!

Neste momento só resta aos donos do CampingCar providenciarem para que o bloqueio de uma semana ao Papa Léguas, que de forma arbitrária e facciosa impuseram, num acto censório impróprio de democratas, se transforme numa definitiva expulsão. Se assim não fizerem, assumindo claramente a sua posição de donos, ficam desde já informados que dentro de uma semana estarei de novo colocando no CampingCar opiniões sobre autocaravanismo entendido como uma modalidade com diferentes vertentes.

Ausente por uns 4 anos do CampingCar (e não só), por vontade própria, durante o tempo em que exerci funções directivas numa associação e por entender que eticamente não devia comentar o quer que seja que pudesse confundir as minhas funções de dirigente com as minhas análises pessoais, julguei que as mentalidades sectárias e antidemocráticas estivessem, pelo menos, atenuadas no seio dos autocaravanistas. Enganei-me. (1) Infelizmente!

Os donos do CampingCar deixaram cair, naquele espaço, a máscara dos comportamentos isentos e democráticos. É pena!


"A verdade, tal qual o mérito, atrai o ódio dos contemporâneos."
                    Voltaire


(1) NOTA: (Que faz a diferença)

Quero aqui deixar uma nota positiva que considero insuspeita relativamente ao Grupo “Catrineta – Portal do Autocaravanismo.”

Em 30 de setembro de 2014, aquando deste Grupo ter atingido 4000 membros, escrevi (ver AQUI) o seguinte:

Não obstante não ser despiciente um “grupo” no Facebook ter 4000 membros não é, para mim (obviamente), o factor mais importante.

O mais importante é que a administração deste “grupo” não tem exercido (que eu saiba ou me tenha apercebido) qualquer espécie de censura ou pressão sobre os autores dos postes aqui colocados, permitindo o contraditório e a livre expressão do pensamento. Inclusive, questões aqui colocadas que se não relacionam diretamente com o autocaravanismo, mas que podem interessar aos autocaravanistas enquanto cidadãos, têm sido (e bem) permitidas.

Contudo, este posicionamento (que só dignifica a administração do “grupo”) não tem tido a correspondência que se justificava, através de uma intervenção activa de uma significativa quantidade de membros. Na realidade as intervenções são quase sempre dos mesmos.

Em qualquer circunstância “Catrineta – Portal do Autocaravanismo” está de parabéns.


São exemplos destes que ainda me fazem ter esperança nos comportamentos civilizados e democráticos e na compreensão (mesmo que os consensos não sejam possíveis) entre pessoas com pontos de vista diferentes.


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Papa Léguas expulso



PAPA LÉGUAS EXPULSO

"A verdade gera o ódio.
 Conceito emitido por Terêncio, cujo pensamento é o seguinte:
 a complacência produz amigos e a franqueza, o ódio".



O Papa Léguas foi hoje expulso pelos donos do CampingCar.

Pois agora é que foi! Os donos do CampingCar bloquearam o Papa Léguas por uma semana  “ (…) para que reflita e adeque a sua postura e modo de atuação a este fórum (…).

Os comentários do Papa Léguas serão feitos na próxima Quinta-feira, dia 30 de outubro, no habitual espaço “Opinião das Quintas-feiras”.


Parar. Parar não paro.
Se a coerência custa caro,
Eu pago o preço.

(Citação livre de Sidónio Muralha)


Entradas (Castro Verde)



APONTAMENTOS DE VIAGEM

Portugal
Concelho de Castro Verde



Aqui podem ser encontradas fotos que a sensibilidade do autor, naquele momento, quis guardar sabe-se lá porquê.

Alguns dos álbuns contêm apenas uma única foto, outros umas dezenas, mas em nenhum dos álbuns houve a preocupação de estabelecer qualquer critério de ordenação das fotos.

Faço votos para que apreciem e, sobretudo, que sirvam de incentivo a uma visita.


ENTRADAS
2009


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Para ver as fotos prima AQUI


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Castro Verde (Castro Verde)


APONTAMENTOS DE VIAGEM

Portugal
Concelho de Castro Verde



Aqui podem ser encontradas fotos que a sensibilidade do autor, naquele momento, quis guardar sabe-se lá porquê.

Alguns dos álbuns contêm apenas uma única foto, outros umas dezenas, mas em nenhum dos álbuns houve a preocupação de estabelecer qualquer critério de ordenação das fotos.

Faço votos para que apreciem e, sobretudo, que sirvam de incentivo a uma visita.


CASTRO VERDE
2009


Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


Para ver as fotos prima AQUI


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Poesia de… Sophia de Mello Breyner Andresen (II)


Com fúria e raiva

Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras


Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada


De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse


Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra

 (Sophia de Mello Breyner Andresen – 1919-2004)





Da sua infância e juventude, a autora (Sophia de Mello Breyner Andresen) recorda sobretudo a importância das casas, lembrança que terá grande impacto na sua obra, ao descrever as casas e os objectos dentro delas, dos quais se lembra. Explica isso do seguinte modo: "Tenho muita memória visual e lembro-me sempre das casas, quarto por quarto, móvel por móvel e lembro-me de muitas casas que desapareceram da minha vida (…). Eu tento «representar», quer dizer, «voltar a tornar presentes» as coisas de que gostei e é isso o que se passa com as casas: quero que a memória delas não vá à deriva, não se perca" Está presente em Sophia também uma ideia da poesia como valor transformador fundamental. A sua produção corresponde a ciclos específicos, com a culminação da actividade da escrita durante a noite: "não consigo escrever de manhã, (…) preciso daquela concentração especial que se vai criando pela noite fora.". A vivência nocturna da autora é sublinhada em vários poemas ("Noite", "O luar", "O jardim e a noite", "Noite de Abril", "Ó noite"). Aceitava a noção de poeta inspirado, afirmava que a sua poesia lhe acontecia, como a Fernando Pessoa: "Fernando Pessoa dizia: «Aconteceu-me um poema». A minha maneira de escrever fundamental é muito próxima deste «acontecer». (…) Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura. Pensava mesmo que os poemas não eram escritos por ninguém, que existiam em si mesmos, por si mesmos, que eram como que um elemento do natural, que estavam suspensos imanentes (…). É difícil descrever o fazer de um poema. Há sempre uma parte que não consigo distinguir, uma parte que se passa na zona onde eu não vejo.".7 A sua própria vida e as suas próprias lembranças são uma inspiração para a Autora, pois, como refere Dulce Maria Quintela (1981:112), ela "fala de si, através da sua poesia".

Sophia de Mello Breyner Andresen fez-se poeta já na sua infância, quando, tendo apenas três anos, foi ensinada "A Nau Catrineta" pela sua ama Laura (Quintela, op.cit:112):

"Havia em minha casa uma criada, chamada Laura, de quem eu gostava muito. Era uma mulher jovem, loira, muito bonita. A Laura ensinou-me a "Nau Catrineta" porque havia um primo meu mais velho a quem tinham feito aprender um poema para dizer no Natal e ela não quis que eu ficasse atrás… Fui um fenómeno, a recitar a "Nau Catrineta", toda. Mas há mais encontros, encontros fundamentais com a poesia: a recitação da "Magnífica", nas noites de trovoada, por exemplo. Quando éramos um pouco mais velhos, tínhamos uma governanta que nessas noites queimava alecrim, acendia uma vela e rezava. Era um ambiente misto de religião e magia… E de certa forma nessas noites de temporal nasceram muitas coisas. Inclusivamente, uma certa preocupação social e humana ou a minha primeira consciência da dureza da vida dos outros, porque essa governanta dizia: «Agora andam os pescadores no mar, vamos rezar para que eles cheguem a terra» (…)."8

Baseando-nos nas observações de Luísa Pessoa (2006), desenvolvamos alguns dos tópicos mais relevantes na sua criação literária:

A infância e juventude – constituem para a Autora um espaço de referência ("O jardim e a casa", Poesia, 1944; "Casa", Geografia, 1967; "Casa Branca", Poesia, 1944; "Jardim Perdido", Poesia, 1944; "Jardim e a Noite", Poesia, 1944).

O contacto com a Natureza também marcou profundamente a sua obra. Era para a Autora um exemplo de liberdade, beleza, perfeição e de mistério e é largamente citada da sua obra, quer citada pelas alusões à terra (árvores, pássaros, o luar), quer pelas referências ao mar (praia, conchas, ondas).

O Mar é um dos conceitos-chave na criação literária de 'Sophia de Mello Breyner Andresen: "Desde a orla do mar/ Onde tudo começou intacto no primeiro dia de mim".9 O efeito literário da inspiração no Mar pode se observar em vários poemas, como, por exemplo, "Homens à beira-mar" ou "Mulheres à beira-mar". A Autora comenta isso do seguinte modo:

"Esses poemas têm a ver com as manhãs da Granja, com as manhãs da praia. E também com um quadro de Picasso. Há um quadro de Picasso chamado Mulheres à beira-mar. Ninguém dirá que a pintura do Picasso e a poesia de Lorca tenham tido uma enorme influência na minha poesia, sobretudo na época do Coral… E uma das influências do Picasso em mim foi levar-me a deslocar as imagens."

Outros exemplos em que claramente se percebe o motivo do mar são: "Mar" em Poesia, 1944; "Inicial" em Dual, 1972; "Praia" em No Tempo dividido; "Praia" em Coral, 1950; "Açores" em O Nome das Coisas, 1977. Neles exprime-se a obsessão do mar, da sua beleza, da sua serenidade e dos seus mitos. O Mar surge aqui como símbolo da dinâmica da vida. Tudo vem dele e tudo a ele regressa. É o espaço da vida, das transformações e da morte.

A cidade constitui outro motivo frequentemente repetido na obra de SMB ("Cidade" em Livro Sexto, 1962; "Há Cidades Acesas", Poesia, 1944; "Cidade" em Livro Sexto, 1962; "Fúrias", Ilhas, 1989). A cidade é aqui um espaço negativo. Representa o mundo frio, artificial, hostil e desumanizado, o contrário da natureza e da segurança.


Outro tópico acentuado com frequência na obra de Sophia é o tempo: o dividido e o absoluto que se opõem. O primeiro é o tempo da solidão, medo e mentira, enquanto o tempo absoluto é eterno, une a vida e é o tempo dos valores morais ("Este é o Tempo", Mar Novo, 1958; "O Tempo Dividido", No Tempo Dividido, 1954). Segundo Eduardo Prado Coelho, o tempo dividido é o tempo do exílio da casa, associado com a cidade, porque a cidade é também feita pelo torcer de tempo, pela degradação.

'Sophia de Mello Breyner Andresen era admiradora da literatura clássica. Nos seus poemas aparecem frequentemente palavras de grafia antiga (Eurydice, Delphos, Amphora). O culto pela arte e tradição próprias da civilização grega são lhe próximos e transparecem pela sua obra ("O Rei de Itaca", O Nome das Coisas, 1977; "Os Gregos", Dual, 1972; "Exílio", O Nome das Coisas, 1977; "Soneto de Eurydice", No Tempo Dividido, "Crepúsculo dos Deuses", Geografia; "O Rei de Itaca", O Nome das Coisas, 1977; "Ressurgiremos", Livro Sexto, 1962).

Além dos aspectos temáticos referidos acima, vários autores (Pessoa, op.cit:64-71; Quintela, 1981:112-114; Sena, 1988:174; Berrini, 1985) sublinham a enorme influência de Fernando Pessoa na obra de 'Sophia de Mello Breyner Andresen. O que os dois autores têm em comum é: a influência de Platão, o apelo ao infinito, a memória de infância, o sebastianismo e o messianismo, o tom formal que evoca Álvaro de Campos. A figura de Pessoa encontra-se evocada múltiplas vezes nos poemas de Sophia ("Homenagem a Ricardo Reis", Dual, 1972; "Cíclades (evocando Fernando Pessoa)", O Nome das Coisas, 1977).

De modo geral, o universo temático da Autora é abrangente e pode ser representado pelos seguintes pontos resumidos (Besse, 1990, 11,13; Pessoa, 2006:15):

A busca da justiça, do equilíbrio, da harmonia e a exigência do moral
Tomada de consciência do tempo em que vivemos
A Natureza e o Mar – espaços eufóricos e referenciais para qualquer ser humano
O tema da casa
Amor
Vida em oposição à morte
Memória da infância
Valores da antiguidade clássica, naturalismo helénico
Idealismo e individualismo ao nível psicológico
O poeta como pastor do absoluto
O humanismo cristão
A crença em valores messiânicos e sebastianistas
Separação

Quanto ao estilo de linguagem de 'Sophia de Mello Breyner Andresen, podemos constatar que, como refere Besse (op.cit: 14), Sophia de Mello Breyner tem um estilo característico, cujas marcas mais evidentes são: o valor hierático da palavra, a expressão rigorosa, o apelo à visão clarificadora, riqueza de símbolos e alegorias, sinestesias e ritmo evocador de uma dimensão ritual. Nota-se uma "transparência da palavra na sua relação da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita".

A opinião sobre ela de alguns dos mais importantes críticos literários portugueses é a mesma: o talento da autora é unanimemente apreciado. Eduardo Lourenço afirma que a Sophia de Mello Breyner tem uma sabedoria "mais funda do que o simples saber", que o seu conhecimento íntimo é imenso e a sua reflexão, por mais profunda que seja, está exposta numa simplicidade original. Seguem alguns exemplos de outros estudiosos a comprovar essa opinião:

"A sua sensibilidade de poeta oscila entre o modernismo de expressão e um classicismo de tom, caracterizado por uma sobriedade extremamente dominada e por uma lucidez dialéctica que coloca muitas das suas composições na linha dos nossos melhores clássicos." (Álvaro Manuel Machado, Quem é Quem na Literatura Portuguesa)

"'Sophia de Mello Breyner Andresen é, quanto a nós, um caso ímpar na poesia portuguesa, não só pela difusa sedução dos temas ou pelos rigores da expressão, mas sobretudo por qualquer coisa, anterior a isso tudo, em que tudo isso se reflecte: uma rara exigência de essencial-idade". (David Mourão-Ferreira, Vinte Poetas Contemporâneos)

"A poesia de 'Sophia de Mello Breyner Andresen é (…) uma das vozes mais nobres da poesia portuguesa do nosso tempo. Entendamos, por sob a música dos seus versos, um apelo generoso, uma comunhão humana, um calor de vida, uma franqueza rude no amor, um clamor irredutível de liberdade – aos quais, como o poeta ensina, devemos erguer-nos sem compromissos nem vacilações." (Jorge de Sena, "Alguns Poetas de 1938" in Colóquio Artes e Letras, nº 1, Janeiro de 1959)

Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre

domingo, 26 de outubro de 2014

CPA - Organização descentralizada


CPA
Organização descentralizada

O CPA abrange todo o território do Continente e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e tem sede em Lisboa, sita na Rua Luís Sttau Monteiro, Lote C3 – Loja C3A, freguesia de Marvila, concelho de Lisboa

Para um maior apoio aos associados o CPA pode organizar-se em Delegações Regionais, promover e dinamizar a constituição de Núcleos Temáticos e nomear Delegados Concelhios


(Todos os Domingos será divulgada AQUI informação sobre o CPA)

sábado, 25 de outubro de 2014

Campismo a 100 metros de altura



Campismo a 100 metros de altura


Todos os anos, dezenas de equilibristas juntam-se no monte Piana, nos Alpes italianos, para um encontro internacional de ‘slackline’. Os aventureiros caminham no arame e chegam a instalar redes para dormirem a mais de 100 metros do solo.

o ‘International Highline Meeting’, é um encontro de equilibristas capazes de caminhar no arame, que se realiza no monte Piana, em plenos Alpes (Itália).

O evento disponibiliza um total de 18 ‘slacklines’ (os cabos), alguns dos quais a uma altura para o solo a rondar os 100 metros.

Os participantes mais ferrenhos não levam tendas para acampar, mas uma rede especial: em vez de prenderem as duas pontas a árvores, prendem às redes ao próprio ‘slackline’.

Fonte: PT Jornal




sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Navegar à vista?



O CPA NÃO NAVEGA À VISTA


A Assembleia Geral de qualquer entidade constitui um momento importante na vida dessa entidade, designadamente para os associados conscientes.

No próximo dia 8 de novembro a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” realiza mais um encontro estatutariamente previsto e obrigatório (a Assembleia Geral) e, de novo, abre ao conhecimento da sociedade autocaravanista em geral, com total transparência, os objectivos da Reunião e, torna público, como sempre o vem fazendo, os documentos que irão ser analisados (Orçamento (ver AQUI) e Plano de Actividades (ver AQUI)).

Permito-me realçar a importância de pelo menos três matérias constantes do Plano de Actividades:


25 ANOS DO CPA

É de enaltecer o propósito de ser aos “associados e aos dirigentes que durante anos se mantiveram unidos à volta do ideal autocaravanista que esta Direção quer dedicar as próximas comemorações dos 25 anos do CPA.”


DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS

É de aplaudir a intenção de continuar a considerar a Declaração de Princípios subscrita pelo CPA, assim como por outras organizações, e a respectiva divulgação junto de outras entidades, objectivos inerentes ao lema DAR A CONHECER, DESENVOLVER E DIVULGAR.

Mas, não menos aplausos são devidos à dinâmica de implementar, pelo menos, uma Área de Serviço de Autocaravanas por concelho como uma das prioridades do CPA.


MOVIMENTO ASSOCIATIVO AUTOCARAVANISTA

É factor de regozijo constatar que a consciência política e social, que já são intrínsecas no CPA, mais uma vez se manifesta, no propósito de a associação se manter atenta às movimentações no seio do Movimento Associativo Autocaravanista com vista à convergência de posições com outras organizações ligadas ao autocaravanismo e, muito importante, tendo presente a Declaração de Princípios.

A Direcção do CPA não está virada só para o interior da associação, mas preocupa-se com todos os acontecimentos exteriores ao CPA relacionados com o autocaravanismo.

É este estar atento aos acontecimentos exteriores que permitem contribuir para as mudanças como foi, por exemplo, a recente alteração estatutária da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal que veio trazer a afirmação do autocaravanismo dentro da Federação, autonomizando o autocaravanismo em TODAS as vertentes. É, pois, já possível afirmar que a política que o CPA seguiu de se manter dentro de uma Federação já firmada e filiada na Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo (FICC), lutando dentro dessa mesa instituição pelo reconhecimento do autocaravanismo, foi (e poderá continuar a ser) um caminho longo mas compensador.


Tão importante como em 2015 o CPA comemorar os 25 anos de existência será o reconhecimento de que existem objectivos estratégicos de curto e médio prazo que estão a ser seguidos e progressivamente alcançados, numa demonstração clara de que o CPA não navega à vista.

A participação dos associados é necessária.

ARPIAC - Coros em Sintra


ENCONTROS ARPIAC
Coros em Sintra

(2005)


No Concelho de Sintra, eram bastantes os Grupos Corais que desenvolviam uma actividade cultural intensa e que, anualmente, realizavam com um Encontro.

Em 2005, no Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), teve lugar o XIII Encontro de Grupos Corais de Reformados e Idosos do Concelho de Sintra.

São algumas das imagens desse Encontro que a Foto Reportagem evidencia

Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


Encontros ARPIAC
Grupos Corais

Para ver as fotos prima AQUI



CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL

Construído em 1945 sob projeto do arquiteto Manuel Joaquim Norte Júnior, o então Cine-Teatro Carlos Manuel (atual Centro Cultural Olga Cadaval) foi, durante muitos anos, o único cinema de Sintra. Durante cerca de 40 anos fez parte do quotidiano da vida social e cultural Sintrense, encontrando-se fortemente enraizado na memória coletiva do município.
Ao incêndio que, em 1985, destruiu grande parte do edifício, seguiram-se alguns anos de abandono durante os quais eventos culturais temporários utilizam parcialmente os espaços ainda disponíveis.

Reconhecendo não só o valor e representatividade do edifício, como a necessidade de uma nova sala de cinema e espetáculos para a vila de Sintra que pudesse abrigar, entre outros, eventos do já prestigiado Festival de Sintra, a Câmara Municipal decidiu adquirir o imóvel – o que se concretizou em 1987 – e promover a sua reconversão e reabilitação.

A Senhora Marquesa de Cadaval (que deu o nome ao Centro Cultural Olga Cadaval) descende de uma antiga família da mais alta aristocracia europeia, profundamente envolvida no mecenato e no mundo musical. Entre os seus mais ilustres antepassados figuram não só Catarina da Rússia, mas também Frederico II da Prússia, o magnífico rei alemão – ele mesmo um bom músico, amigo de Johan Sebastian Bach e patrocinador de Carl Philip Emmanuel Bach que para ele trabalhou em Sans-Souci.

As provas de carinho por parte da Senhora Marquesa de Cadaval, suscitaram a única atitude possível de perene gratidão de Sintra perante a memória de tão insigne figura. Em meados do ano 2000, por ocasião do fim das obras de total remodelação, do até então denominado Cine-Teatro Carlos Manuel, o Executivo Municipal decidiu instituir Dona Olga Maria di Robilant Álvares Pereira de Melo como patrona do novo Centro Cultural, um dos melhores auditórios de referência nacional que, a partir de então, ostenta na fachada o nome como era geralmente conhecida a Senhora Marquesa. A sua memória ocupa também um lugar especial nos nossos corações.


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Duas opiniões




DUAS OPINIÕES
(NUM SÓ TEXTO)


Introdução

Um Autocaravanista colocou no Fórum do CampingCar Portugal, em 15 de outubro de 2014, uma opinião subordinada ao tema “As nossas leis” que, para memória futura (e não só), considerei que seria importante reflectir sobre a mesma, até porque, a opinião desse Autocaravanista, representa, suponho, um extracto do pensamento de alguns autocaravanistas.

A ideia da unidade (sem se definir em torno de que objectivos) e a fé de que é através de legislação que se irá conseguir obstaculizar a discriminação negativa do veículo autocarava, tem algumas raízes que nem a experiência, nem a correlação social e política das forças e eventuais interesses em presença, garantem.

Porque considero que o contraditório é um dos fundamentos não só do exercício da democracia, como também da reflexão que se deve aprofundar com vista a novos horizontes, não hesitei em responder às considerações na convicção de que este Companheiro Autocaravanista exprimiu os respectivos pontos de vista de forma honesta, solidária e convicto de que tinha razão.

A minha resposta foi estruturada de forma a que houvesse uma noção dos princípios que estavam (e estão) em causa e faço votos para que a forma como aqui a apresento seja compreensível para o esclarecimento dos temas.

**********


Companheiro Autocaravanista,

Não o quis deixar a “falar” no deserto porque me parece, pelo que escreve, pessoa bem-intencionada.

Agradeço a referência que me faz, mas permito-me esclarecer que não estou fazendo nenhuma “cruzada em isolamento”, não obstante compreender que a utilização desta sua expressão não é pejorativa, antes pelo contrário.

O seu texto mistura conceitos pelo que me permito sistematizá-lo através da forma como o comento e solicitando-lhe que não veja nas minhas opiniões mais do que isso: opiniões.


1º -

Assembleia aprovou o Decreto Lei 310/02 de 18/12/2002 e as autarquias do país, aperfilharam-na como uma mais valia ( e única ) para disciplinar o autocaravanismo e de caminho, representatividade e interesses económicos (nunca revelados) e prato de lentilhas (como se diz agora) à defesa dos seus munícipes.

A Assembleia da República não aprova Decretos-Lei. Os Decretos-Lei são aprovados pelo Governo. A Assembleia da República aprova Leis. Ambos têm idêntica força legal e a diferenciação na denominação tem apenas a ver com a entidade de que emanam.

No caso concreto este Decreto-Lei não se destina a legislar acerca da actividade autocaravanista. Aliás, não conheço nenhuma legislação (excepto posturas municipais e Resoluções do Conselho de Ministros) que faça qualquer enquadramento legal do autocaravanismo.

Este Decreto-lei apenas transfere competências dos governos civis para as Câmaras Municipais em matéria de licenciamento de diversas actividades, entre as quais se conta a permissão da realização de “acampamentos ocasionais”. Não existe, no teor do Decreto-Lei, no que se refere ao Autocaravanismo, qualquer referência. E, muito menos, a interpretação de que o facto de uma autocaravana estar estacionada pressupõe que está acampada. Esta interpretação, quando é feita, é abusiva. Daí a importância de uma autocaravana quando estiver estacionada na via pública não ocupar um espaço superior ao perímetro da mesma, porque, em tribunal, essa evidência pode fazer a diferença.


2º -

Podemos optar através da petição pública, requerer a 1ª. emenda ao Dec.Lei 310/02 de 18/12.”

Que emenda? Este Decreto-Lei não legisla sobre autocaravanismo. Legisla sobre licenciamentos, entre os quais se contam os “Acampamentos Ocasionais”. Na prática vem proibir que se acampe fora de locais permitidos (como são os Parques de Campismo e os Parques de Campismo exclusivos de Autocaravanas) sem uma autorização prévia das Câmaras Municipais e com pareceres favoráveis de mais duas entidades relacionadas respectivamente com a saúde e com a segurança.

Que emenda queremos fazer? Que não sejam as Câmaras a Licenciar os Acampamentos Ocasionais? Ou que não devem haver Acampamentos Ocasionais?

Este Decreto-lei não se aplica às autocaravanas que não estejam acampadas.


3º -

Que fique bem clara a minha posição - A Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal "nunca poderá servir bem dois patrões" portanto, irrelevante quer por mudança de estatutos ou pintar-se de outra côr...”

Que fique também bem clara a minha posição.

A Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal tem sido a entidade com prestígio e a quem as entidades públicas têm a obrigação legal de consultarem sobre as matérias que os respectivos estatutos abrangem e que desde 2010 subscreveu publicamente a “Declaração de Princípios”, que define politicamente o que é Acampar e Estacionar em Autocaravana, federação que interveio nesta perspectiva junto de várias entidades, nomeadamente junto da Assembleia da República, que emitiu publicamente um parecer jurídico acerca do direito das autocaravanas de estacionarem na via pública em igualdade de circunstâncias com qualquer outro veículo de igual gabarito, que já promoveu 2 colóquios sobre autocaravanismo, que conjuntamente com a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” propôs à Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo a subscrição da “Declaração de Princípios”, o que veio a ser aceite pela FICC e, recentemente, veio reconhecer estatuariamente o Autocaravanismo como uma modalidade independente, além de já ter instituído juridicamente uma Comissão de Autocaravanismo.

Gostaria de ser esclarecido dos nomes de outras entidades, como esta, que com mais de 450 associações federadas, já vieram publicamente assumir, pelo menos, o que acima refiro. A FPA? Nem um único texto sobre esta matéria. E a Federação Internacional de Autocaravanas (FICM) em que a FPA se insere, em algum local, por escrito, já assumiu o direito das autocaravanas a não serem discriminadas?

Mas, já antes de 2010, salvo erro em 2002, a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal apresentou uma proposta de Projecto Lei na Assembleia da República em que, no essencial, era definido o que se entendia por Acampar e Estacionar em Autocaravana, proposta a que a Assembleia, no imediato não deu seguimento e que, anos mais tarde, pela mão de dois deputados, foi presente na Assembleia da República discriminando as autocaravanas. A Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal não sancionou o Projecto Lei desses dois deputados, mas a FPA veio lastimar, primeiro, que não tenha sido aprovado e, posteriormente, congratular-se com não ter sido aprovado. É este tipo de actuação que promove a credibilidade de uma instituição?

A Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal tem uma máquina pesada, mas, pelo menos desde 2010, tem vindo a dar provas que defende o autocaravanismo.


4º -

O que eu pretendo pedir-lhes, companheiros, meus senhores, é que acedam com a vossa presença a encontrarmo-nos para entendimento quanto às diligências a efectuar para que a Lei seja, tanto quanto possível, abrangente das particularidades da nossa autonomia.

Acredito que existe sinceridade neste pedido, mas também muito irrealismo.

As questões não se definem em termos individuais, mas sim em termos institucionais.

Enquanto individuo posso debruçar-me sobre a temática autocaravanista, posso, através de argumentação influenciar algumas consciências, mas não tenho nem representação, nem capacidade institucional para ser ouvido junto de outros poderes.

Faria um mau serviço ao autocaravanismo se aceitasse que a capacidade de decisão fosse transferida das instituições juridicamente existentes para o individuo isoladamente considerado. Quem pretender intervir no âmbito do autocaravanismo deve intervir nas associações relacionadas com o autocaravanismo, para que sejam as mesmas a defender uma política autocaravanista, conforme a vontade dos respectivos associados. Ou então para que servem as associações?

Em termos pessoais tenho defendido que se deve realizar reuniões de entidades associativas, com capacidade jurídica, para, sem ordem de trabalhos, analisarem o “estado da arte”.

Mas, note-se, também defendo que deve haver à partida o compromisso pelo respeito e "subscrição" do texto da “Declaração de Princípios”.

Nada obsta, no entanto, que as associações promovam um Debate aberto a todos os autocaravanistas sobre algumas matérias.

Por outro lado apresenta como objectivo da reunião um entendimento quanto a diligências para que haja uma lei autocaravanista. Esse entendimento, a necessidade de uma Lei autocaravanista, para mim, não é aceitável por razões que já várias vezes exprimi e que se encontram bem definidas em escritos constantes do meu Blogue “Papa Léguas Portugal”.


5º -

UNIDOS, alcançaremos êxito nas nossas pretensões, desavindos, continuaremos a "pregar no deserto"

Não me considero desavindo com ninguém em termos pessoais, mas não julgo que a “unidade” seja possível quando as “nossas pretensões” não forem “nossas”.

Não acredito, nem quero responsabilizar-me pela apresentação de uma lei que abra as portas a legislação que venha a discriminar negativamente o veículo autocaravana e não estarei de acordo com uma Lei que só permita o estacionamento de uma autocaravana por um período de 48 horas (como pretende, e é público, a FPA) enquanto outros veículos de igual gabarito podem estar estacionados até 30 dias.

E sobre este tipo discriminação proposto em comunicado pela FPA nunca a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal veio propor uma semelhante aberração.


Muito mais haveria para dizer, mas suponho ter sido suficientemente claro e não me ter afastado do teor do seu texto.

Volto a repetir que a minha intervenção não pretende ser uma crítica pessoal, mas tão-somente uma análise e contestação às ideias subjacentes ao seu texto.

Saudações Autocaravanistas


Parar. Parar não paro.
Se a coerência custa caro,
Eu pago o preço.

(Citação livre de Sidónio Muralha)
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(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)