quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Lisboa - A muralha que nunca cedeu (II)




A CONQUISTA DE LISBOA
HISTÓRIA DA MURALHA QUE NUNCA CEDEU


O roteiro promovido por “Conta-me histórias, Lisboa” (ver AQUI) consistiu numa visita guiada em Lisboa ao longo de parte da “Muralha que nunca cedeu” no dia 24 de Agosto de 2014.

O Roteiro iniciou-se na Igreja de Santo António e terminou junto ao Chafariz d’El Rey, com passagem pelo - Largo de Santo António da Sé, Rua da Padaria, Rua dos Bacalhoeiros, Campo das Cebolas, Rua da Alfândega, Rua Cais de Santarém, Largo Terreiro do Trigo, Arco do Rosário, Rua da Judiaria, Largo de S. Rafael, Rua de S. João da Praça e Travessa do Chafariz d'El Rey

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso e representam duas visões deste roteiro.

Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


LISBOA – A muralha que nunca cedeu
(Parte 2 de 2)

Para ver as fotos prima AQUI




CHAFARIZ D’EL REY

Crê-se que a origem do Chafariz d’El-Rei remonta a tempos muçulmanos. É certamente um dos mais antigos chafarizes da cidade. A sua fisionomia foi sendo alterada ao longo dos séculos resultante das diversas obras de que foi alvo.

No reinado de D. Afonso II é chamado Chafariz de São João da Praça dos Canos e é a partir do reinado de D. Dinis que passa a ser designado por Chafariz d’ El-Rei.

No século XVI o chafariz era um recinto com muro, estando por baixo de três arcadas sobre colunas ornadas com o escudo régio e duas esferas armilares. O seu aspecto actual obteve-o no século XIX.

Este chafariz inicialmente tinha três bicas, depois passou a ter seis e por fim passaram a nove. Sendo o chafariz mais importante da cidade presenciou muitos motins e desacatos e até mortes, impondo-se a regulamentação da sua utilização pelo Senado, tendo sido estipulado que cada bica teria um destinatário: uma era para os negros forros; outra para os moiros das galés; outra para as moças brancas; outra para os homens brancos; outra para as índias, pretas, escravas e lacaios.

No século XIX este Chafariz tinha nove bicas, dez Companhias de Aguadeiros, dez capatazes, trezentos e trinta aguadeiros e dois ligeiros. Os seus sobejos iam para o mar. Este chafariz também é designado por Chafariz n.º 18.

Fonte: Revelar Lx


O Chafariz de El-Rei, que terá sido o primeiro chafariz público na cidade de Lisboa, terá sido construído no século XIII, nos reinados de D. Afonso II e de D. Dinis, aproveitando as excelentes águas da encosta de Alfama.

O encanamento de água da nascente para bicas exteriores à chamada Cerca Moura datará de 1487, permitindo o abastecimento dos navios da carreira da Índia.

A actual fachada data de 1864, tendo sido rematada a platibanda e colocados os pináculos e urnas, numa composição arquitectónica classicista.

Chegou a ter nove bicas em funcionamento. Cada bica era exclusiva de um grupo social, não esquecendo os mareantes.

O Chafariz de El-Rei, incluindo as estruturas hidráulicas conexas (reservatório, cisterna e mina de água), está classificado desde 2012 como Monumento de Interesse Público.



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