domingo, 16 de fevereiro de 2014

COMPREENDER PORTUGAL (I)



COMPREENDER PORTUGAL
 (Para conscientemente melhor decidir)

Compreender o que se passa no mundo, num país, numa aldeia, numa família, numa pessoa, ou simplificando, para compreender os inter-relacionamentos da sociedade humana, é necessário, mesmo imprescindível, conhecer os acontecimentos do passado e interpretá-los à luz da época em que ocorreram com o conhecimento global do presente.

Ter esse conhecimento (ou qualquer outro) é ter poder. O poder de poder tomar as melhores decisões nos momentos apropriados.

Mais importante que o simples conhecimento dos factos é a interpretação que deles fazemos para obstaculizar no presente decisões incorretas com efeitos nefastos no futuro. Daí a importância das conceções filosóficas da história.

O relegar da leitura para quinto plano, já devido a alegada falta de tempo, já devido à ausência de hábitos que se apreendem na juventude e que se transformam posteriormente numa necessidade, já devido ao aliciante da informação através da imagem (embora não concorde que uma imagem substitua mil palavras) tem motivado que alguns órgãos de informação produzam pequenos documentários históricos, romanceados ou não.

Na internet existem centenas desses filmes e não obstante o acesso ser fácil não são especificamente procurados. Concentrarmo-nos mais que 10 minutos sobre a mesma temática não é apetecível numa sociedade em que “alguém” serve essencialmente informação pronta a consumir e nos dispensa de sobre ela refletirmos ao, também, providenciar-nos de forma subliminar, inclusive em anteriores divulgações, a disfarçada interpretação dos factos.

Por tudo o que digo e pelo mais que não disse, irei sugerir, durante alguns domingos, a visualização de alguns vídeos sobre História.

Que os mesmos vídeos contribuam para que o relacionamento com o passado nos faça compreender o nosso presente e decidir, melhor do que já fizemos, o nosso futuro.

  
HISTÓRIA

História (do grego antigo στορία, transl.: historia, que significa "pesquisa", "conhecimento advindo da investigação") é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. História como termo também pode verificar toda a informação do passado que pode ter sido requerida ou arquivada em todas as línguas por todo o mundo, isto como intermédio de registos.

Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas investigações de Heródoto, cujo termo em grego antigo é στορίαι (Historiai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes. O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.

Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem à Pré-História e às sociedades que coexistem com sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.

AS CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS DA HISTÓRIA

Ainda no século XIX surgiu a discussão em torno da natureza dos fenômenos históricos. A que espécie de preponderância estariam ligados? Aos agentes de ordem espiritual ou aos de ordem material? Antes disso, a fundamental teológica fez uma festa na mente cordata do povo.

Concepção Providencialista - Segundo tal corrente, os acontecimentos estão ligados à determinação de Deus. Tudo, a partir da origem da Terra, deve ser explicado pela Divina Providência . No passado mais remoto, a religião justificava a guerra e o poder dos governantes. Na Idade Média Ocidental, a Igreja Católica era a única detentora da informação e, naturalmente, fortificou a concepção teológica da História. Santo Agostinho, no livro "A Cidade de Deus", formula essa interpretação. No século XVII, Jacques Bossuet, na obra "Discurso Sobre a História Universal", afirma que toda a História foi escrita pela mão de Deus, E no século passado, o historiador italiano Césare Cantu produziu uma "História Universal" de profundo engajamento providencialista.

Concepção Idealista - Teve em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, autor de "Fenomenologia do Espírito", seu corporificador. Defende que os factos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado pela razão. Desse modo, os acontecimentos são primordialmente regidos por ideias. Em qualquer ocorrência de ordem econômica, política, intelectual ou religiosa, deve-se observar em primeiro plano o papel desempenhado pela ideia como geradora da realidade. Para os defensores dessa corrente, toda a evolução construtiva da humanidade tem razão idealista.

Concepção Materialista - Surgiu em oposição à concepção idealista, embora adotando o mesmo método dialético. A partir da publicação do Manifesto Comunista de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançam as bases do Materialismo Histórico, onde argumentavam que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão determinadas pelo fator econômico e pelas condições de vida material dominantes na sociedade a que estejam ligadas. A preocupação primeira do homem não são os problemas de ordem espiritual, mas os meios essenciais de vida: alimentação, habitação, vestimenta e instrumentos de produção. No prefácio de "Crítica da Economia Política", Karl Marx escreveu:
As causas de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções políticas, não as devemos procurar na cabeça dos homens, em seu entendimento progressivo da verdade e da justiça eternas, mas na vida material da sociedade, no encaminhamento da produção e das trocas.”
Concepção Psicológico-social - Apoia-se na teoria de que os acontecimentos históricos são resultantes, especialmente, de manifestações espirituais produzidas pela vida em comunidade. Segundo seus defensores, que geralmente se baseiam em Wilhelm Wundt ("Elementos de Psicologia das Multidões"), os factos históricos são sempre o reflexo do estado psicológico reinante em determinado agrupamento social.

O estudo do passado não pode ser feito directamente, mas de forma mediada através dos vestígios da actividade humana, a que é dado o nome genérico de fontes históricas.

Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre

Sem comentários:

Enviar um comentário