quinta-feira, 24 de outubro de 2013

VOTAR OU NÃO VOTAR, EIS A QUESTÃO



VOTAR OU NÃO VOTAR, EIS A QUESTÃO

A implementação em Lisboa de uma Área de Serviço para Autocaravanas é já um desejo antigo de autocaravanistas e de entidades ligadas ao autocaravanismo.

É público que numa sessão comemorativa do aniversário do Clube de Campismo de Lisboa (CCL), salvo erro em 2010, o então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (que é o atual) quando instado a mandar edificar um equipamento municipal deste tipo e, se me não falta a memória, garantiu que já tinha uma ideia sobre o espaço a utilizar para o efeito na periferia da cidade.

Também é do conhecimento dos que se interessam por esta temática que já em 2008 ou 2009 o Movimento Independente pelo Autocaravanismo teria estado em contacto com a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) com o objetivo de encontrar uma localização onde pudesse ser instalada uma Área de Serviço para Autocaravanas, tendo apreciado para o efeito as zonas do Areeiro e da Cidade Universitária e o local onde se encontra instalado o Centro Comercial Gemini.

Mais recentemente o CPA anunciou que no decorrer da inauguração da Sede Social, Desportiva e Cultural do Clube de Campismo de Lisboa foi divulgado pelos Dirigentes do CCL a futura criação de uma Área de Serviço em Lisboa com a colaboração / apoio da Câmara Municipal desta cidade.

Alguns autocaravanistas, com quem tive oportunidade de conversar sobre esta questão, defendiam que a instalação de uma Área de Serviço para Autocaravanas que servisse os autocaravanistas que visitassem Lisboa passava pela sua implementação nos arredores da cidade em locais servidos por transportes públicos eficientes e rápidos, sendo, inclusive, avançada a localização no Seixal, onde os autocaravanistas teriam uma vista maravilhosa sobre o rio e transporte fluvial rápido e eficiente para a zona nobre da cidade de Lisboa.

Em 14 de fevereiro deste ano o CPA, como foi ao tempo divulgado, esteve numa reunião, na Câmara Municipal de Lisboa onde também participou o “Turismo de Lisboa” e onde, entre outras questões, ficou prevista a eventual realização de uma próxima reunião que analisasse da viabilidade de implementar uma ou duas Áreas de Serviço para Autocaravanas no Concelho de Lisboa, reunião que até à presente data não é público que se tenha realizado.

Estamos, pois, perante o desejo várias vezes expresso, pelo menos desde 2009, por várias entidades e cidadãos, da implementação de uma Área de Serviço para Autocaravanas que na minha opinião (e não só) contribuiria para o desenvolvimento económico da população, para a proteção ambiental e para o melhor ordenamento do trânsito automóvel.

Em maio de 2013 o CPA terá constatado que existia uma janela de oportunidade para a instalação de uma Área de Serviço para Autocaravanas em Lisboa, podendo, inclusive, apresentar uma proposta para o efeito. E assim o fez em 23 de maio de 2013, apresentando uma proposta à edilidade no âmbito do Orçamento Participativo de Lisboa, proposta que veio a ser aprovada para votação pública.

Como é sabido (só não sabe quem não quer ou quem analisa superficialmente a questão) o valor atribuído a esta obra, o local de construção e o prazo de execução foi, é, da exclusiva decisão da Câmara Municipal de Lisboa. Não obstante este facto, não deverá (é a minha opinião) o CPA deixar de intervir com sugestões, caso o projeto venha a merecer uma quantidade de votos tal que sejam os suficientes para a aprovação do mesmo.

Como bem o afirmou o CPA “Os autocaravanistas, de boa vontade e conscientes, não ignoram que o desenvolvimento do autocaravanismo não é obra exclusiva de um único homem ou de uma única instituição, mas do esforço continuado, persistente, de muitos homens e de muitas organizações, que ao longo dos tempos vão amadurecendo uma ideia que, em determinado momento, se concretiza pela iniciativa de um outro qualquer homem ou de uma outra qualquer instituição que estava no espaço e no tempo certo naquela exata oportunidade.”, pelo que, seria previsível que os autocaravanistas e as entidades vocacionadas para o autocaravanismo promovessem a divulgação deste projeto a ser executado pela Câmara Municipal de Lisboa. E, mais ainda e sobretudo, incentivassem a votação no mesmo.

Seria previsível, seria lógico, seria desejável, seria importante… mas não foi e não está a ser.

Das poucas opiniões expressas sobre esta proposta em votação pública a maioria reporta-se ao assunto versando, essencialmente, o custo orçamentado e o prazo de execução, sem prejuízo de, mesmo assim, alguns dizerem que votaram no projeto.

Sem que tenha procuração da Câmara Municipal de Lisboa atrevo-me a afirmar que construir uma Área de Serviço na cidade de Lisboa não é o mesmo que a construir na localidade de “atrás do sol-posto”, por muita dignidade e respeito que nos devem merecer todas localidades de “atrás do sol-posto”. Atrevo-me mesmo a dizer que sem se tomar conhecimento prévio do projeto, pensado pelos técnicos da Câmara Municipal de Lisboa para Área de Serviço, é fazer juízos de valor sem bases reais credíveis e sem refletir sobre os desafios que se colocam, por exemplo, à segurança das autocaravanas numa específica zona da cidade.

Acentuar a tónica no custo da obra e referir o tempo de execução da mesma sem que se conheça o projeto a executar e a localização onde o mesmo será construído é muito pouco correto. E se é compreensível e desculpável que o autocaravanista comum, menos avisado e conhecedor, centre a sua atenção nos aspetos secundários, não comprovados, já não é, nem compreensível, nem aceitável, que pessoas que se pretendem responsáveis no seio do Movimento Autocaravanista de Portugal se venham a orientar pelo mesmo diapasão.

O que está em causa é tão simplesmente o seguinte:

A Câmara Municipal de Lisboa, através do Orçamento Participativo, disponibiliza-se, no prazo de 18 meses e com um custo orçamentado de 200.000 euros, a construir uma Área de Serviço para Autocaravanas, em local a designar, se os cidadãos portugueses votarem maioritariamente neste projeto.

  • Os autocaravanistas e os cidadãos que não querem uma Área de Serviço para Autocaravanas em Lisboa, NÃO VOTAM neste projeto.

  • Os autocaravanista e os cidadãos que querem uma Área de Serviço para Autocaravanas na cidade de Lisboa VOTAM neste projeto




VOTE NESTE PROJETO – VOTE NUMA ÁREA DE SERVIÇO EM LISBOA



VOTE numa ÁREA DE SERVIÇO
                                                              
Pela importância de que se reveste para TODOS os autocaravanistas, independentemente das políticas associativas que perfilhem, apoiamos esta iniciativa do CPA.

Será incompreensível não exercer o direito de voto, que até é gratuito, na implementação de um equipamento de apoio ao autocaravanismo que beneficia não só os autocaravanistas como os munícipes de Lisboa.

Informação detalhada no Fórum do CPA AQUI








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