sábado, 31 de agosto de 2013

Autocaravanismo - Encontro do CAB em Aljubarrota - 2009

Centro de interpretação da batalha de Aljubarrota

Autocaravanismo

Encontro do CAB em Aljubarrota - 2009
Foto Reportagem

Encontro do CAB (Circulo de Autocaravanistas da Blogo-Esfera) em Aljubarrota (Portugal) a 30 de Janeiro e 1 de Fevereiro de 2009.

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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Aljubarrota é uma freguesia portuguesa do concelho de Alcobaça com 47,95 km² de área e 6 639 habitantes (2011). Densidade: 138,5 hab/km².

História

A vila conserva a traça de natureza histórico-medieval, com prédios que, não ultrapassando o primeiro andar, são caracterizados pelo uso de cantarias, colunas, janelas de geometria vária e cor branca nas paredes.

Foi nas suas proximidades que se travou uma das mais decisivas batalhas pela independência nacional - a Batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385. Aljubarrota tem sido palco de uma feira medieval, realizada anualmente em Agosto, comemorando a Batalha.

Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Recuperou o estatuto de vila em 2 de julho de 1993.

Foi em Aljubarrota que, no século XVIII nasceu Eugénio dos Santos, o arquitecto português responsável pela reconstrução da Baixa Pombalina de Lisboa após o terramoto de 1755.

A freguesia foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Prazeres de Aljubarrota e São Vicente de Aljubarrota.



A Batalha de Aljubarrota decorreu no final da tarde de 14 de agosto de 1385 entre tropas portuguesas com aliados ingleses, comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. João I de Castela. A batalha deu-se no campo de São Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota, entre as localidades de Leiria e Alcobaça, no centro de Portugal.

O resultado foi uma derrota definitiva dos castelhanos, o fim da crise de 1383-1385 e a consolidação de D. João I, Mestre de Avis, como rei de Portugal, o primeiro da Dinastia de Avis. A aliança Luso-Britânica saiu reforçada desta batalha e seria selada um ano depois, com a assinatura do Tratado de Windsor e o casamento do rei D. João I com D. Filipa de Lencastre. Como agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, D. João I mandou edificar o Mosteiro da Batalha. A paz com Castela só viria a estabelecer-se em 1411 com o Tratado de Ayllón, ratificado em 1423.

A Batalha de Aljubarrota foi uma das raras grandes batalhas campais da Idade Média entre dois exércitos régios e um dos acontecimentos mais decisivos da história de Portugal. Inovou a tática militar, permitindo que homens de armas apeados fossem capazes de vencer uma poderosa cavalaria. No campo diplomático, permitiu a aliança entre Portugal e a Inglaterra, que perdura até hoje. No aspeto político, resolveu a disputa que dividia o Reino de Portugal do Reino de Castela e Leão, permitindo a afirmação de Portugal como Reino Independente, abrindo caminho sob a Dinastia de Avis para uma das épocas mais marcantes da história de Portugal, a era dos Descobrimentos.

Directamente associada à vitória dos portugueses nesta batalha, celebrizou-se a figura lendária da heroína Brites de Almeida, mais conhecida como "a Padeira de Aljubarrota", que com a sua pá terá morto sete castelhanos que encontrara escondidos no seu forno.

Antecedentes

No fim do século XIV, a Europa encontrava-se a braços com uma época de crise e revolução. A Guerra dos Cem Anos devastava a França, epidemias de peste negra levavam vidas em todo o continente, a instabilidade política que dominava e Portugal não era exceção.

Em 1383, El-rei D. Fernando morreu sem um filho varão, que herdasse a coroa. A sua única filha era a infanta D. Beatriz, casada com o rei D. João I de Castela. A burguesia mostrava-se insatisfeita com a regência da Rainha D. Leonor Teles e do seu favorito, o conde Andeiro e com a ordem da sucessão, uma vez que isso significaria anexação de Portugal por Castela. As pessoas alvoroçaram-se em Lisboa, o conde Andeiro foi morto e o povo pediu ao mestre de Avis, D. João, filho natural de D. Pedro I de Portugal, que ficasse por regedor e defensor do Reino.

O período de interregno que se seguiu ficou conhecido como crise de 1383-1385. Finalmente a 6 de Abril de 1385, D. João, mestre da Ordem de Avis, é aclamado rei pelas cortes reunidas em Coimbra, mas o rei de Castela não desistiu do direito à coroa de Portugal, que entendia advir-lhe do casamento.

Perante a revolta da população portuguesa em vários pontos e cidades do Reino de Portugal, o Rei de Castela, decide em 1384 entrar em Portugal. Entre Fevereiro e Outubro deste ano monta um cerco a Lisboa, por terra e por mar.

Uma frota portuguesa vinda do Porto enfrenta, a 18 de Julho de 1384, à entrada de Lisboa, a frota castelhana, na batalha do Tejo. Os portugueses perdem três naus e sofrem vários prisioneiros e mortos; no entanto, a frota portuguesa consegue romper a frota castelhana, que era muito superior, e descarregar no porto de Lisboa os alimentos que trazia. Esta ajuda alimentar veio-se a revelar muito importante para a população que defendia Lisboa.

O cerco de Lisboa pelas tropas castelhanas acaba por não resultar, devido à determinação das forças portuguesas em resistir ao cerco, ao facto de Lisboa estar bem murada e defendida, à ajuda dos alimentos trazidos do Porto e devido à epidemia de peste negra que assolou as forças castelhanas acampadas no exterior das muralhas.

Em Junho de 1385, D. João I de Castela decide invadir novamente Portugal, desta vez à frente da totalidade do seu exército e auxiliado por um forte contingente de cavalaria francesa.

Disposição da hoste portuguesa

Quando as notícias da invasão chegaram, é reunido o conselho militar em Abrantes para decidir o que fazer. O rei decide invadir Castela pela zona de Sevilha para atrair o exército invasor. O condestável opõe-se e defende dar batalha para travar o passo ao inimigo; não se entendem e D. Nuno parte com a sua hoste para Tomar. O rei pensando melhor manda informar D. Nuno que estava de acordo com ele e encontram-se os dois em Tomar. Com os aliados ingleses, o exército português intercetou os invasores perto de Leiria. Dada a lentidão com que os castelhanos avançavam, D. Nuno Álvares Pereira teve tempo para escolher o terreno favorável para a batalha. A opção recaiu sobre uma pequena colina de topo plano rodeada por ribeiros, perto de Aljubarrota. Contudo o exército Português não se apresentou ao Castelhano nesse sítio, inicialmente formou as suas linhas noutra vertente da colina, tendo depois, já em presença das hostes castelhanas mudado para o sítio predefinido, isto provocou bastante confusão nas tropas de Castela.

Assim pelas dez horas da manhã do dia 14 de agosto, o exército tomou a sua posição na vertente norte desta colina, de frente para a estrada por onde os castelhanos eram esperados. A disposição portuguesa era a seguinte: infantaria no centro da linha, uma vanguarda de besteiros com os 200 archeiros ingleses, 2 alas nos flancos, com mais besteiros, cavalaria e infantaria. Na retaguarda, aguardavam os reforços e a cavalaria comandados por D. João I de Portugal em pessoa. Desta posição altamente defensiva, os portugueses observaram a chegada do exército castelhano protegidos pela vertente da colina.

A chegada dos castelhanos

A vanguarda do exército de Castela chegou ao teatro da batalha pela hora do almoço, sob o sol escaldante de agosto. Ao ver a posição defensiva ocupada por aquilo que considerava os rebeldes, o rei de Castela tomou a esperada decisão de evitar o combate nestes termos. Lentamente, devido aos 30 000 soldados que constituíam o seu efetivo, o exército castelhano começou a contornar a colina pela estrada a nascente. A vertente sul da colina tinha um desnível mais suave e era por aí que, como D. Nuno Álvares previra, pretendiam atacar.

O exército português inverteu então a sua disposição e dirigiu-se à vertente sul da colina, onde o terreno tinha sido preparado previamente. Uma vez que era muito menos numeroso e tinha um percurso mais pequeno pela frente, o contingente português atingiu a sua posição final muito antes do exército castelhano se ter posicionado. D. Nuno Álvares Pereira havia ordenado a construção de um conjunto de paliçadas e outras defesas em frente à linha de infantaria, protegendo esta e os arqueiros. Este tipo de tática defensiva, muito típica das legiões romanas, ressurgia na Europa nessa altura.

Pelas seis da tarde, os castelhanos ainda não completamente instalados decidem, precipitadamente, ou temendo ter de combater de noite, começar o ataque.

É discutível se de facto houve a tão famosa tática do "quadrado" ou se simplesmente esta é uma visão imaginativa de Fernão Lopes de umas alas reforçadas. No entanto tradicionalmente foi assim que a Batalha acabou por seguir para a história.

A batalha

O ataque começou com uma carga da cavalaria francesa: a toda a brida e em força, de forma a romper a linha de infantaria adversária. Contudo as linhas defensivas portuguesas repeliram o ataque. A pequena largura do campo de batalha, que dificultava a manobra da cavalaria, as paliçadas (feitas com troncos erguidos na vertical separados entre si apenas pela distância necessária à passagem de um homem, o que não permitia a passagem de cavalos) e a chuva de virotes lançada pelos besteiros (auxiliados por 2 centenas de arqueiros ingleses) fizeram com que, muito antes de entrar em contacto com a infantaria portuguesa, já a cavalaria se encontrar desorganizada e confusa. As baixas da cavalaria foram pesadas e o efeito do ataque nulo.

Ainda não perfilada no terreno, a retaguarda castelhana demorou a prestar auxílio e, em consequência, os cavaleiros que não morreram foram feitos prisioneiros pelos portugueses.

Depois deste revés, a restante e mais substancial parte do exército castelhano atacou. A sua linha era bastante extensa pelo elevado número de soldados. Ao avançar em direção aos portugueses, os castelhanos foram forçados a apertar-se (o que desorganizou as suas fileiras) de modo a caber no espaço situado entre os ribeiros. Enquanto os castelhanos se desorganizavam, os portugueses redispuseram as suas forças, dividindo a vanguarda de D. Nuno Álvares em dois setores, de modo a enfrentar a nova ameaça. Vendo que o pior ainda estava para chegar, D. João I de Portugal ordenou a retirada dos besteiros e archeiros ingleses e o avanço da retaguarda através do espaço aberto na linha da frente.

Desorganizados, sem espaço de manobra e finalmente esmagados entre os flancos portugueses e a retaguarda avançada, os castelhanos pouco puderam fazer senão morrer. Ao pôr-do-sol, a batalha estava já perdida para Castela. Precipitadamente, D. João de Castela ordenou a retirada geral sem organizar a cobertura. Os castelhanos debandaram então desordenadamente do campo de batalha. A cavalaria Portuguesa lançou-se em perseguição dos fugitivos, dizimando-os sem piedade.

Alguns fugitivos procuraram esconder-se nas redondezas, apenas para acabarem mortos às mãos do povo.

Surge aqui uma tradição portuguesa em torno da batalha: uma mulher, de seu nome Brites de Almeida, recordada como a Padeira de Aljubarrota, iludiu, emboscou e matou pelas próprias mãos alguns castelhanos em fuga. A história é por certo uma lenda da época. De qualquer forma, pouco depois D. Nuno Álvares Pereira ordenou a suspensão da perseguição e deu trégua às tropas fugitivas.

O dia seguinte

Na manhã de 15 de agosto, a catástrofe sofrida pelos castelhanos ficou bem à vista: os cadáveres eram tantos que chegaram para barrar o curso dos ribeiros que flanqueavam a colina. Para além de soldados de infantaria, morreram também muitos nobres fidalgos castelhanos, o que causou luto em Castela até 1387. A cavalaria francesa sofreu em Aljubarrota outra pesada derrota contra as táticas de infantaria, depois de Crécy e Poitiers. A batalha de Azincourt, já no século XV, mostra que Aljubarrota não foi a última vez em que isso aconteceu.

Com esta vitória, D. João I tornou-se no rei incontestado de Portugal, o primeiro da Dinastia de Avis.

Para celebrar a vitória e agradecer o auxílio divino que acreditava ter recebido, D. João I mandou erigir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e fundar a vila da Batalha. Assim como, passados sete anos da batalha, o nosso condestável D. Nuno Álvares Pereira mandou construir a Ermida de São Jorge, em Calvaria de Cima, onde precisamente está o campo de militar de São Jorge e ele havia depositado o seu estandarte nesse dia. Hoje nesse mesmo último local, há também um moderno centro de interpretação que explica o desenrolar dos acontecimentos, seus antecedentes e suas consequências.




sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Autocaravanismo - Encontro do CAB em Alenquer - 2008

Confraternização entre os participantes no Encontro 

Autocaravanismo

Encontro do CAB em Alenquer - 2008
Foto Reportagem

Encontro do CAB (Circulo de Autocaravanistas da Blogo-Esfera) em Alenquer (Portugal) a 22 de Novembro de 2008 por ocasião da preparação da constituição do CAB

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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Alenquer é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Lisboa, região Centro e sub-região do Oeste, com cerca de10 800 habitantes.

É sede de um município com 304,22 km² de área e 43 267 habitantes (2011), subdividido em 11 freguesias. O município é limitado a norte pelo município do Cadaval, a leste pela Azambuja, a sul por Vila Franca de Xira e Arruda dos Vinhos, a sudoeste por Sobral de Monte Agraço e a oeste por Torres Vedras.

História

Alenquer de "Alen Ker" significa "A vontade de Alão". O Cão alano, uma raça conhecida pelas suas qualidades na caça e combate, continua a proteger a vila de Alenquer no seu brasão. Alenquer foi fundada por muçulmanos e conquistada por D. Afonso Henriques. Recebeu foral em 1212 da infanta D. Sancha, filha de Sancho I de Portugal.

A Lenda do Alão Quer

Existem duas versões distintas acerca da derivação do nome da vila de Alenquer.

Uma das versões conta que D. Afonso Henriques se deparou com uma cidade fortemente defendida pelos mouros e decidiu conquistá-la. Diz-se que na manhã em que o rei decidiu tomar o castelo, indo ele com o seu séquito tomar banho no rio e fazer as suas correrias, viram que um cão grande e pardo, que vigiava as muralhas do castelo e se chamava Alão, calou-se e lhes fez muitas festas. El rei, tomando isso por bom presságio, decidiu começar o ataque ao castelo dizendo o "Alão QUER". Estas palavras teriam servido para o futuro apelido da vila.

A outra versão conta que o cão chamado Alão levava as chaves na boca, todas as noites, pela muralha fora até à Casa do Governador, e que os cristãos, aproveitando-se dos instintos do animal, prenderam então uma cadela debaixo duma oliveira à vista do cão, que galgou o muro, entregando as chaves aos portugueses.

Estas lendas não têm até hoje nenhum fundamento comprovado, mas é certo que o brasão da vila tem um cão, o que de algum modo dá crédito à lenda.




quinta-feira, 29 de agosto de 2013

MEDIDAS URGENTES



TRÊS MEDIDAS URGENTES A IMPLEMENTAR

NOS PARQUES DA FCMP


A chamada “crise”, cujas causas e responsabilidade é atribuída de forma abstrata ao “povo”, veio alterar os hábitos de uma esmagadora maioria dos portugueses, sobre quem está a recair as consequências de que só alguns, uma esmagadora minoria, são responsáveis.

A diminuição de Licenças Desportivas (vulgo Cartas Campista) passadas pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) não é apenas uma consequência da “crise”, nem sequer a ausência de perspetiva associativa, mas, é, essencialmente, a falta de ofertas aliciantes que o cartão devia proporcionar.

Vem isto a propósito da utilização dos Parques de Campismo geridos pela FCMP.

Como será do conhecimento geral os Parques de Campismo da FCMP não têm uma rentabilização económico-financeira desejável e que, na opinião de muitos observadores se deve muito a regras restritivas de utilização.

Os Parques de Campismo da FCMP têm não só de acompanhar as adaptações dos restantes Parques associativos, camarários e comerciais, aos mais diferentes níveis, como também ser inovadores e, muito principalmente, contribuir para promover a moderação comercial entre todos.

Uma primeira medida tem que passar pela alteração estatutária que impede a utilização dos Parques de Campismo geridos pela Federação quase que exclusivamente por quem não é detentor de Licença Desportiva ou do Camping Card International. Esta aberração estatutária contribui para uma diminuição de utilizadores dos Parques com consequências económico-financeiras nefastas. Mas, esta norma até permite que os portadores das Cartas Campistas Internacionais, distribuídos por entidades concorrenciais da FCMP, tenham acesso aos Parques geridos pela Federação.

Neste particular não há que inventar: Alterar os Estatutos, estabelecer um preço máximo e conceder descontos consoante as categorias em que se enquadrem os utilizadores.


Uma segunda medida, que consta que a atual Direção da FCMP está já a implementar, prende-se com a possibilidade de permanência 365 dias por ano nos Parques de Campismo. Se bem que esta deliberação possa ser controversa, considerando que a implementação da mesma venha converter o “campismo” em “parquismo” e os Parques de Campismo em Parques Residenciais, as questões economicistas podem a isso obrigar, mas… uma Regulamentação prévia pode promover um desejável equilíbrio com normas de que se destacam as seguintes:
  • Criar um corredor de segurança em redor do Parque junto da rede ou muro divisório;
  • Compartimentar o parque em alvéolos, não aumentando o seu número à medida das conveniências do momento;
  • Criar ruas separadoras do alvéolos com pelo menos 2 metros de lado e sentidos únicos de trânsito;
  • Não permitir abastecimentos de água com mangueiras permanentemente ligadas e instaladas e cabos elétricos de espessura inferior a 2,5mm e de comprimento superior a 25 metros; 
  • Não permitir sebes, muros, vasos, separando os alvéolos, anúncios de qualquer espécie ou o pavimento coberto por meios artificiais que impedem que o terreno “respire”; 
  • Não permitir o estacionamento de qualquer tipo de veículo fora de um alvéolo ou de locais a tal destinados;
  • Não permitir que da venda de material instalado num alvéolo resulte a ocupação do mesmo pelo comprador, para impedir negociatas e permitir a existência de uma lista pública de candidatos à ocupação de alvéolos que venham a ficar livres;
  • Reservar 20% dos alvéolos para serem utilizados por períodos máximos de 15 dias, não podendo ser renovados pelo mesmo utente antes de decorridos 3 meses.

Uma terceira medida relaciona-se com o autocaravanismo que, em muitos Parques de Campismo, inclusive nos da Federação, não é devidamente apoiado.

Como é do conhecimento geral a FCMP subscreveu uma Declaração de Princípios em 31 de Maio de 2010, que a atual Direção se comprometeu no respetivo Programa de Candidatura a implementar, e que no ponto 8 refere:

Considerar que a implementação de Áreas de Serviço para Autocaravanas, em pelo menos uma por Concelho, preferencialmente de iniciativa autárquica, contribui, não só para o desenvolvimento económico das populações, como para a proteção ambiental e o melhor ordenamento do trânsito automóvel

Defender esta medida obriga, por uma questão de coerência, que em todos os Parques de Campismo da Federação exista uma Estação de Serviço para Autocaravanas, o que, presentemente, não acontece. E, nos Parques de Campismo em que existem Estações de Serviço as mesmas devem ser de acesso fácil e permitirem que no mesmo local possa ter lugar o abastecimento de água potável, e a descarga de águas residuais e da sanita química.

Já o ponto 7 da mesma Declaração de Princípios, subscrita pela Federação, diz:

Considerar que os Parques de Campismo Municipais devem permitir a utilização das Estações de Serviço para Autocaravanas neles existentes, no âmbito de uma politica de protecção do ambiente e, consequentemente, a preços compatíveis com o serviço prestado (abastecimento de água potável e despejo de águas negras e cinzentas).

É claro e notório e seria estultícia assim não ser, que quem considera que os Parques de Campismo Municipais devem permitir a utilização das Estações de Serviço para Autocaravanas o não considerasse, como um dever, fazer que o mesmo se verificasse nos seus próprios Parques, pelo que, nos Parques da Federação, devem ser instituídos preços pela utilização por não acampados das Estações de Serviço para Autocaravanas e, consequentemente, o acesso livre aos autocaravanistas dentro dos horários de abertura e encerramento da receção de cada Parque.

Estas são três medidas urgentes a implementar nos Parques da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.


Nota: Outros assuntos relacionados com FCMP podem ser lidos AQUI


Acampamentos - Acampamento da neve na Covilhã - 2011

Torre (Covilhã)
Autocaravanismo

Acampamento CCC Covilhã - 2011
Foto Reportagem

27º Acampamento da Neve que se realizou no Parque de Campismo do Pião, nos dias 21 a 24 de Abril de 2011, organizado pelo Clube de Campismo e Caravanismo da Covilhã e no qual esteve oficialmente representado o CPA.

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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A Covilhã é uma cidade portuguesa, porta da Serra da Estrela, com cerca de 36 356 habitantes (2011) cujo perímetro urbano é formado por cinco freguesias: Covilhã e Canhoso, Teixoso e Sarzedo, Cantar-Galo e Vila do Carvalho, Boidobra e Tortosendo.

É a terra da indústria da lã, de cariz operário, berço de descobridores de quinhentos, hoje uma cidade com Universidade pública.

A Covilhã está situada na vertente sudeste da Serra da Estrela e é um dos centros urbanos de maior relevo da região juntamente com Coimbra, Aveiro, Viseu, Figueira da Foz, Guarda, Castelo Branco etc. O seu núcleo urbano estende-se entre os 450 e os 800 m de altitude.

O ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre (1 993 m), pertence às freguesias de Unhais da Serra (Covilhã), São Pedro (Manteigas), Loriga (Seia) e Alvoco da Serra (Seia), sendo, por isso, pertença de três municípios: Covilhã, Manteigas e Seia, mas dista cerca de 20 km do núcleo urbano da Covilhã, sendo a Covilhã, por isso, a cidade portuguesa mais próxima do ponto mais alto de Portugal Continental.

É uma cidade de características próprias desde há séculos, conjugando em simultâneo factos interessantes da realidade portuguesa.

História

O passado da Covilhã remonta aos tempos da romanização da Península Ibérica, quando foi castro proto-histórico, abrigo de pastores lusitanos e fortaleza romana conhecida por Cava Juliana ou Silia Hermínia. Quem mandou erguer as muralhas do seu primitivo castelo foi D. Sancho I que em 1186 concedeu foral de vila à Covilhã. E, mais tarde, foi D. Dinis que mandou construir as muralhas do admirável bairro medieval das Portas do Sol.

Era já na Idade Média uma das principais "vilas do reino", situação em seguida confirmada pelo facto de grandes figuras naturais da cidade ou dos arredores se terem tornado determinantes em todos os grandes Descobrimentos dos séculos XV e XVI: o avanço no Oceano Atlântico, o caminho marítimo para a Índia, as descobertas da América e do Brasil, a primeira viagem de circum-navegação da Terra. Em plena expansão populacional quando surge o Renascimento, sector económico tinha particular relevo na agricultura, pastorícia, fruticultura e floresta. O comércio e a indústria estavam em franco progresso. Gil Vicente cita "os muitos panos finos". O Infante D. Henrique, conhecendo bem esta realidade, passou a ser "senhor" da Covilhã. A gesta dos Descobrimentos exigia verbas avultadas. As gentes da vila e seu concelho colaboraram não apenas através dos impostos, mas também com o potencial humano.

A expansão para além-mar iniciou-se com a conquista de Ceuta em 1415. Personalidades da Covilhã como Frei Diogo Alves da Cunha, que se encontra sepultado na Igreja da Conceição, participaram no acontecimento. A presença de covilhanenses em todo o processo prolonga-se com Pêro da Covilhã  (primeiro português a pisar terras de Moçambique e que enviou notícias a D. João II sobre o modo de atingir os locais onde se produziam as especiarias, preparando o Caminho Marítimo para a Índia) João Ramalho, Fernão Penteado e outros.

Entre os missionários encontramos o Beato Francisco Álvares, morto a caminho do Brasil; frei Pedro da Covilhã, capelão na expedição de Vasco da Gama para a Índia, o primeiro mártir da Índia; o padre Francisco Cabral missionário no Japão; padre Gaspar Pais que de Goa partiu para a Abissínia; e muitos outros que levaram, juntamente com a fé, o nome da Covilhã para todas as partes do mundo. Os irmãos Rui e Francisco Faleiro, cosmógrafos, tornaram-se notáveis pelo conhecimento da ciência náutica. Renascentista é Frei Heitor Pinto, um dos primeiros portugueses a defender, publicamente, a identidade portuguesa. A sua obra literária está expressa na obra "Imagem da Vida Cristã". Um verdadeiro clássico.

A importância da Covilhã, neste período, explica-se não apenas pelo título "notável" que lhe concedeu o rei D. Sebastião como também pelas obras aqui realizadas e na região pelos reis castelhanos. A Praça do Município foi até há poucos anos, de estilo filipino. Nas ruas circundantes encontram-se vários vestígios desse estilo. No concelho também. Exemplos de estilo manuelino também se encontram na cidade. É o caso de uma janela manuelina da judiaria da Rua das Flores. É o momento de citar o arquitecto Mateus Fernandes, covilhanense, autor do projecto da porta de entrada para as Capelas imperfeitas, no mosteiro da Batalha.

As duas ribeiras que descem da Serra da Estrela, Carpinteira e Degoldra, atravessam o núcleo urbano e estiveram na génese do desenvolvimento industrial. Elas forneciam a energia hidráulica que permitiam o laborar das fábricas. Junto a essas duas ribeiras deve hoje ser visto um interessante núcleo de arqueologia industrial, composto por dezenas de edifícios em ruínas. Nos dois locais são visíveis dezenas de antigas unidades, de entre as quais se referem a fábrica-escola fundada pelo Conde da Ericeira em 1681 junto à Carpinteira e a Real Fábrica dos Panos criada pelo Marquês de Pombal em 1763 junto à ribeira da Degoldra. Esta é agora a sede da Universidade da Beira Interior na qual se deve visitar o Museu de Lanifícios, já considerado o melhor núcleo museológico desta indústria na Europa. A Covilhã foi, finalmente, elevada à condição de cidade a 20 de Outubro de 1870 pelo Rei D. Luís I, por ser "uma das villas mais importantes do reino pela sua população e riqueza.".

Relevo

Situada na parte sudeste da Serra da Estrela, a área urbana da Covilhã possui altitudes que variam de 450 a 800 metros. É também a cidade portuguesa mais próxima do ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre (1.993 metros), distando cerca de 20 km do cume da Serra da Estrela. A Torre pertence aos concelhos de Covilhã, Manteigas e Seia. A Torre também dá o nome à localidade onde está situada, a parte mais elevada da serra.





quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Acampamentos - Reformados Ibéricos em Alba de Tormes - 2010

Alba de Tormes

Autocaravanismo

Acampamento Reformados Ibéricos - 2010
Foto Reportagem

Acampamento de Reformados Ibéricos no vigésimo nono encontro de amantes do ar livre, portugueses e espanhóis, reformados e jubilados, nos arredores de Alba de Tormes, a cerca de 20 kms de Salamanca (Espanha), entre os dias 19 e 26 de Março de 2010.

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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Alba de Tormes é um município da Espanha na província de Salamanca, comunidade autónoma de Castela e Leão, de área 46,55 km² com população de 4844 habitantes (2004) e densidade populacional de 104,06 hab/km².

Duque de Alba foi um título nobiliárquico hereditário que Henrique IV de Castela outorgou a García Álvarez de Toledo ao converter o Condado de Alba de Tormes em ducado.

Ainda hoje em dia este é um dos principais títulos nobiliárquicos de Espanha.

Salamanca é uma das cidades espanholas mais ricas em monumentos da Idade Média, do Renascimento e das épocas clássica e barroca. Destacam-se as catedrais velha e nova, o Palácio da Salina, o Palácio de Anaya, o Palácio de Monterrey, a Casa das Conchas, o Convento das Senhoras (Convento de las Dueñas) e a Torre do Cravo (Torre del Clavero). O Museu Diocesano, o Museu Catedralício, o Museu Universitário e o Museu das Senhoras são outras referências culturais da cidade.

A atual vida cotidiana de Salamanca centra-se na Praça Maior (Plaza Mayor). Essa praça, edificada entre 1729 e 1755, é o centro e o principal símbolo da cidade.

As principais indústrias da cidade são os curtumes, a cerveja e a moagem de cereais. O turismo também é uma actividade económica importante. Salamanca foi escolhida para Capital Europeia da Cultura em 2002, sendo o seu centro histórico Património da Humanidade desde 1988.




terça-feira, 27 de agosto de 2013

Acampamentos - Reformados Ibéricos em Cabanas de Tavira - 2009

Reformados Ibéricos em Cabanas de Tavira  
Autocaravanismo

Acampamento Reformados Ibéricos - 2009
Foto Reportagem

Acampamento de Reformados Ibéricos ocorrido entre 28 de Setembro e 4 de Outubro de 2009 em Cabanas de Tavira (Portugal) no Parque de Campismo Ria Formosa.

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

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Cabanas de Tavira é uma freguesia portuguesa do concelho de Tavira, com 6,31 km² de área e 1 081 habitantes (2011). Densidade: 171,3 hab/km². A freguesia foi instituída em 12 de Julho de 1997, e a localidade elevada a vila em 12 de Julho de 2001.

História

A primeira referência ao nome da povoação de Cabanas surge numa escritura de venda de uns terrenos freguesia da Conceição, no ano de 1747 (Anica, Arnaldo Casimiro, 1993, Cap.I, p. 52) . Naquele documento é referida a “Praia das Cabanas da Armação dos atuns” e as “Cabanas da Barra”.

Até ao século XX, a actividade piscatória foi a principal fonte de sustento e desenvolvimento de Cabanas. Por volta de 1973, com a construção do aldeamento turístico “Pedras da Raínha”, Cabanas volta-se para o turismo, aproveitando a proximidade da Ria Formosa, sendo esta actividade a que actualmente prevalece nesta freguesia.

Cabanas de Tavira é a mais recente freguesia do concelho de Tavira. Esta vila fez parte da freguesia da Conceição até 12 de Julho de 1997 (Anica, Arnaldo Casimiro, 2001, p. 19), data em que se separou definitivamente.

Património

  •     Forte de São João da Barra, Forte de São João Baptista ou Forte da Conceição
  •         Capela de Nossa Senhora do Mar


Praia de Cabanas de Tavira

Praia marítima situada na freguesia de Cabanas de Tavira, concelho de Tavira; é uma das praias do Parque Natural da Ria Formosa. Encontra-se integrada na Ilha de Cabanas, e como tal o acesso é feito de barco a partir de Cabanas de Tavira.

Em 2013 o jornal The Guardian considerou-a a melhor praia de Portugal e Espanha.