quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

“DEUS LHE PAGUE”



DEUS LHE PAGUE

O natal passou.

E a (des)propósito vou contar a história (não se esqueçam que é ficção) de um barco de pesca, o “Deus lhe pague”.

O “Deus lhe pague” era um barco muito especial. Ninguém sabia ao certo de onde viera e parecia não precisar de manutenção. Existia simplesmente.

Navegavam no “Deus lhe pague” 10 homens: O dono do barco, 2 chefes que eram simultaneamente representantes do dono do barco e 7 trabalhadores indiferenciados.

A cada 5 dias o “Deus lhe pague” capturava exactamente 100 sardinhas que eram distribuídas da seguinte forma:


Uma vez por ano, no natal, o dono do barco, retirando das respectivas economias (que eram de cerca de 3285 sardinhas por ano), dava umas 100 sardinhas a cada uma das chefias e umas 15 a cada um dos trabalhadores, o que representava uns 10% do total das economias anuais.

Este tipo de distribuição, mas em percentagem menor, era, por vezes, feita mais uma ou mesmo mais duas vezes por ano, sempre em ocasiões em que o “Deus lhe pague”, o nome do barco da nossa história, pudesse ser publicamente referido como imbuído de um verdadeiro espirito de solidariedade com os mais desfavorecidos.

Evidentemente que os mais desfavorecidos continuavam mais desfavorecidos e estas acções impropriamente chamadas solidárias, além de os não dignificarem, não contribuíam para modificarem o estatuto social em que, infelizmente, se encontravam. E não contribuem para alterar o status quo das pessoas porque as mesmas são de natureza caritativa. São acções de caridade.

A grande, a enorme diferença entre caridade e solidariedade assenta na atitude que se tem na prestação de uma ajuda imediata (que é caridade) sem que de alguma forma desenvolvamos esforços para transformar a situação do carente (que é solidariedade).

Praticarei a caridade (e talvez fique de bem com a minha consciência) ao dar a um pedinte uma moeda sem me voltar a preocupar com o problema e sem que com a minha acção caritativa altere a vida daquela pessoa.

Serei solidário se, para além da moeda, como forma de resolução imediata de um problema, desenvolver todos os esforços ao meu alcance para modificar a situação de carência, por forma a não ser de novo abordado e ter de, de novo, praticar caridade.

A moeda que dou (que antigamente se chamava esmola) apresenta-se agora em novas formas: nos sacos de alimentos que nos pedem nos supermercados, nas cantinas sociais (neologismo que substituiu a antiga “sopa do Sidónio” ou noutras quaisquer formas de caridade).

Não afirmo, longe de mim, que a caridade não é importante para impedir no imediato danos maiores. Mas chamemos-lhe exactamente isso: caridade. Não sublimemos a acção esmoler (caridade), que não altera a situação de carência e mantem a supremacia de quem dá e a dependência de quem recebe por necessidade.

O dono do “Deus lhe pague”, o barco da nossa história, tem uma mais-valia de cerca de 3285 sardinhas por ano, para além das que consome, para seu sustento; as chefias do “Deus lhe pague” têm o sustento necessário, sem qualquer hipótese de economizar, excepto quando o dono do barco, se eles se portarem bem, lhes dá aqueles “presentes” anuais; mas os trabalhadores, esses passam fome, mesmo com aqueles "presentes" anuais. E o "Deus lhe pague" não tem capacidade para aumentar a produção.

Como alterar a situação dos trabalhadores do “Deus lhe pague”? Como impedir que passem fome? Como ser solidários com eles?

A resposta parece simples: Aumentando a percentagem de sardinhas atribuídas aos trabalhadores e diminuindo a percentagem do dono do barco.

Lutar ao lado dos que precisam para que a distribuição da riqueza seja mais justa (não necessariamente igualitária) é um verdadeiro acto de solidariedade (não de caridade) porque tem como objectivo alterar o estado de pobreza de pessoas.

A não ser que a nossa política se limite à caridade.


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) – AQUI)


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

ABRACE A VIDA NESTE NATAL




(Ligue o som)

ABRACE A VIDA

Conduza com segurança e, pelo menos esta noite, não tenha pressa.

Se necessário chegue mais tarde, mas chegue, porque a alternativa pode ser não chegar.


Boa consoada


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O natal é que passou




O natal é que passou

No dia 24 de Dezembro estarei sentado a uma pequena mesa com a minha pequena família. Uma mesa farta em que não faltará o bacalhau da Noruega (espero que ainda sem fosfatos), as batatas, as couves, o ovo (devidamente carimbado), tudo regado com o bom azeite português (talvez ainda não adulterado) que faz parte da tão falada dieta mediterrânica, além, claro, de muitos e muitos doces (sem edulcorantes). Ah!, já me esquecia do bom vinho português (sem sulfitos, claro).

O meu neto estará desejoso que o jantar termine rapidamente para correr a abrir os presentes que se acumularão sob a árvore de natal, uma imitação de um pinheiro natural, que alguém da família foi buscar à arrecadação e encheu de luzes e bolas, vermelhas, e que no passado chamávamos encarnadas por causa das conotações politicas.

Se a noite estiver fria teremos o aquecimento ligado e, muito importante, a televisão sintonizada num qualquer programa apropriado. Talvez passe uma reportagem sobre os “sem-abrigo”, onde se vêm algumas dezenas de voluntários a oferecerem uma sopa quente, tudo em directo, o que nos fará sentir momentaneamente desconfortáveis, mas só momentaneamente, porque logo de seguida somos visualmente brindados com ceias de natal, verdadeiros deslumbramentos gastronómicos, servidas numas quaisquer salas decoradas a primor, para satisfação de quem as pode pagar.

Por essa altura já o meu neto terá desfeito completamente os embrulhos e regozijar-se-á com aquele presente que durante um mês ou dois se não cansou de “gritar” a toda a família que era o queria que lhe desse o pai natal (no meu tempo era o menino jesus).

Nestes jantares tradicionais não me parece que haja tempo para pensar nos mais de dois milhões de portugueses e nos muitos e muitos milhões que noutras partes deste maltratado planeta não têm uma alimentação mínima, uma habitação condigna, um acesso a cuidados de saúde elementares, uma oferta educativa quanto baste, porque, simplesmente porque, tiveram o azar de ter nascido na parte errada do mundo e da sociedade.

E haverá tempo para a solidariedade? Sabemos o que é ser-se solidário? Sabemos?


Há muitos, mesmo há muitos anos, foi atribuída a um preso a autoria deste poema:

É Natal. E pr’a meu mal,
No lugar em que estou,
Eu não passei o Natal.
O Natal é que passou…



Para todos, mesmo com o natal a passar, os meus votos de Boas Festas.

(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) – AQUI)

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Falar de Paços de Ferreira e de água


A ÁGUA É VIDA

Sendo a água um bem indispensável à vida é, em si mesma, um direito humano e, como direito humano, necessária à sobrevivência, não deve vir a ser cerceada conforme a disponibilidade económica de cada um.

Os autocaravanistas, que protestam energicamente quando para abastecer as respectivas autocaravanas têm que pagar mais do que um euro, são também responsáveis para que a água se não transforme num bem com obectivos lucrativos.

E se a União Europeia quisesse privatizar a água? E se essa “Operação Secreta” estivesse a ser testada em Paços de Ferreira, Portugal?

Veja o vídeo abaixo, que circula na Internet desde 21 de Janeiro de 2013 e foi já visualizado 102555 vezes, não se esquecendo, se não souber alemão, de activar as legendas clicando no segundo ícone que está no canto inferior direito.

Depois, quando lhe pedirem para assinar uma petição contra a privatização da água, já não poderá dizer que não sabe, que não está informado, que…


Mas veja o vídeo:




sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ADEUS AO FÓRUM DO CPA



                                                                                                                     Foto obtida no "Clickut"

ADEUS AO FÓRUM DO CPA

O autor deste texto tem, como é público, responsabilidades diretivas na Associação Autocaravanista de Portugal – CPA que vai deixar de exercer no dia 14 de dezembro de 2013 por opção própria.

O autor decidiu deixar de intervir no Fórum do CPA, sem prejuízo de o poder fazer excecionalmente, passando a emitir opinião sobre os assuntos relacionados com o autocaravanismo, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal ou, ainda, relatar, no mesmo espaço, reportagens de viagens, bem como informação que considere relevante.








quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Liberdade e Responsabilidade



LIBERDADE E RESPONSABILIDADE


O livre direito de exprimir o pensamento é, em Portugal, uma das conquistas do 25 de Abril.

A liberdade de expressão impõe o assumir de responsabilidades de forma identificada.

O “Papa Léguas Portugal”, pseudónimo criado para a intervenção na área do autocaravanismo, assume, sem reservas mentais, a indissociação destes dois conceitos: Liberdade e Responsabilidade.

Qualquer expressão do pensamento pode ser objecto de análises e interpretações eventualmente diferentes das do autor.

São análises e interpretações com legitimidade para serem feitas na medida em que qualquer pensamento, após divulgado, adquire vida própria e pode influenciar de formas diferentes, diferentes pessoas. O autor deixa de ter o controlo sobre o seu próprio trabalho, sobre o pensamento que pretende transmitir, na medida em que ele é interpretado à luz de diferentes vivências, de diferentes conjunturas, de diferentes realidades político-sociais e, também, de diferentes graus individuais de conhecimento e de cultura.

Contudo, o autor não é prisioneiro das interpretações e análises que queiram fazer da sua obra. Também não é viável, por parte do autor, estar permanentemente a corrigir as interpretações ou esclarecer as motivações da sua criação. Fazê-lo seria estultícia.

O que o autor disser, estará dito, estará na expressão do seu pensamento, estará no seu texto, estará na sua forma de estar na vida.

(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo – AQUI)


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Europa Croácia e Eslovénia (Espanha)

Ávila

Europa

Croácia e Eslovénia
(Espanha)

Foto Reportagem


Fotos sequencialmente obtidas no mês de Junho e Julho de 2013 num percurso turístico que abrangeu a Croácia e a Eslovénia. Visitas pontuais a Espanha, França e Itália. ESPANHA (Especialmente Segóvia e Ávila)

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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Ávila

Ávila é um município da Espanha na província de Ávila, comunidade autónoma de Castela e Leão, de área 231,9 km² com população de 53 794 habitantes (2007) e densidade populacional de 231,97 hab./km². A cidade de Ávila é banhada pelo rio Adaja. Possui um clima de tipo continental, com verões quentes e invernos frios.

História

Conhecida como Abila em latim e parte da província da Hispania no tempo do Império Romano.

Ávila é uma cidade muralhada e apresenta-se fortemente marcada pela história, sobretudo dos séculos XII e XV. A muralha, com 2,5 km de extensão, possui várias portas e 88 torres redondas, dispostas de 20 em 20 metros. As portas de Alcazar e de S. Vicente localizam-se na parte mais antiga, voltada a oriente, sendo a mais monumental; na sua face norte apresenta reminiscências mouriscas. A cidade foi ocupada pelos Árabes no século VIII e conquistada por D. Afonso VI em 1088.

Economia

A cidade vive do comércio, serviços, do artesanato e da fabricação de doces tradicionais.

Monumentos

Catedral em estilo gótico ogival
Igrejas de São Pedro, Santiago e São Vicente

Museus

Museu de Belas-Artes, Cerâmica, entre outros.
Monumento Os Cuatro Postes nos arredores da cidade

Turismo

A cidade possui o Parador (Pousada) Nacional Raimundo de Borgoña, no Palácio de Benevides (século XV).

Naturais famosos

Ávila foi o berço de Santa Teresa de Jesus, mais conhecida por Teresa de Ávila que fundou a Ordem das Carmelitas Descalças. Por isso, muitos dos edifícios antigos da cidade lhe estão associados.

UNESCO

Em 1985, a Cidade de Ávila e suas Igrejas extra-muros, foram incluídas na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Europa Croácia e Eslovénia (França)

Capestang - Canal du Midi - Canal Lirou

Europa

Croácia e Eslovénia
(França)

Foto Reportagem

Fotos sequencialmente obtidas no mês de Junho e Julho de 2013 num percurso turistico que abrangeu a Croácia e a Eslovénia. Visitas pontuais a Espanha, França e Itália. ESPANHA (Especialmente Avignon, Arles, Capestang (Canal do Midi - Canal do Lirou), Carcassone e Saint Jean de Luz)

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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Canal do Midi

 Canal do Midi (em francês: Canal du Midi) é um canal artificial que se localiza na região do Midi, na França. É o mais antigo canal marítimo da Europa ainda em funcionamento.

Navegável entre o rio Garonne, na altura de Toulouse, e Sète, no mar Mediterrâneo, numa extensão de 240 quilômetros, permite a comunicação entre o oceano Atlântico e o Mediterrâneo.
Foi projetado no século XVII por Pierre-Paul Riquet, como solução econômica, militar e política, para transportar mercadorias, evitando a navegação em águas abertas, evitando o estreito de Gibraltar e o contorno da península Ibérica.

Inaugurado em 1681, ao longo de seu percurso encontram-se trezentas e cinquenta obras de arte, entre pontes, eclusas e aquedutos. Atravessa regiões como oLanguedoque, Aube e Minerve, além de cidades de importância econômica e histórica como Béziers, Narbona, Toulouse, Le Somail, Homps, Trèbes, Carcassone e Castelnaudary.

Em nossos dias, desde 1996, encontra-se classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Atualmente tem função exclusivamente turística, estimando-se o 50 mil o número de pessoas que o visitam, anualmente, em embarcações alugadas por mais de quarenta operadoras na região.



Capestang

Capestang é uma comuna francesa na região administrativa de Languedoc-Roussillon, no departamento de Hérault. Estende-se por uma área de 39,56 km². Em 2012 a comuna tinha 3 033 habitantes (densidade: 76,7 hab./km²).

domingo, 8 de dezembro de 2013

Europa Croácia e Eslovénia (Itália)

Veneza

Europa

Croácia e Eslovénia
(Itália)

Foto Reportagem

Fotos sequencialmente obtidas no mês de Junho e Julho de 2013 num percurso turistico que abrangeu a Croácia e a Eslovénia. Visitas pontuais a Espanha, França e Itália. ITÁLIA (Especialmente Veneza e Vicenza)

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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Veneza

Veneza (em italiano: Venezia, em vêneto: Venexia, AFI[veˈnɛsja]) é uma cidade e comuna italiana da região do Vêneto, província de Veneza no nordeste de Itália. Tem cerca de 271 009 habitantes e é conhecida pela sua história, canais, museus e monumentos. A comuna de Veneza estende-se por uma área de 412 km², incluindo as ilhas de Murano, Burano e outras na lagoa de Veneza, tendo uma densidade populacional de 646 hab/km². Faz fronteira com Campagna Lupia, Cavallino-Treporti, Chioggia,Jesolo, Marcon, Martellago, Mira, Mogliano, Veneto (TV), Musile di Piave, Quarto d'Altino, Scorzè, Spinea. A parte de Veneza em terra firme é a fracção comunal de Mestre.

A cidade foi formada num arquipélago da laguna de Veneza, no golfo de Veneza, no noroeste do mar Adriático.

Por mais de um milênio, foi capital da Sereníssima República de Veneza, cujo território, no ano da sua queda (1797), incluía grande parte do nordeste da atual Itália e da costa oriental da península, bem como das ilhas do Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir do século X, quando sua frota já era uma das maiores da Europa. Foi uma das cidades mais importantes da Europa, com uma história rica e complexa e um império de influência mundial comandado pelos doges, os líderes da cidade. Como cidade comercial, tinha várias feitorias (Stato da Mar), como o Senhorio de Negroponte e a cidade de Dirráquio (atual Durrës), assim como ilhas inteiras: Creta, Rodes, Cefalônia e Zante, por exemplo, e controlava várias rotas comerciais no Levante. O historiador Fernand Braudel classificou Veneza como a primeira capital econômica do capitalismo.

O patrono da cidade é São Marcos (festa em 25 de abril). A festa do povo do Véneto é celebrada em 25 de março, data da fundação da cidade.

É classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se a imponente Basílica de São Marcos, na adjacente Praça de São Marcos, a famosa Ponte de Rialto sobre o Grande Canal, construída em 1588 segundo projeto de Antonio da Ponte, a Ca' d'Oro e numerosas igrejas e museus.

Veneza é ainda famosa pelos seus certames internacionais, como o Festival de Cinema e a Bienal de Artes, pela Regata Histórica, que ocorre no primeiro domingo de setembro, pelo fabrico de vidro, pelo Carnaval de Veneza, pelos cassinos e pelos seus passeios românticos, levando muitos casais a passarem suas luas-de-mel.

Nesta cidade nasceram os Papas Gregório XII, Eugênio IV, Paulo II, Alexandre VIII, Clemente XIII e Pio X, além de numerosos artistas e arquitectos como Antonio Vivarini (1440-1480), Antonio da Ponte (1512-1595), Tintoretto (1518-1594) e Canaletto (1697-1768). No campo da música, foi aqui que nasceu e viveu Antonio Vivaldi (1678-1741).

Etimologia

O nome Veneza está relacionado com o povo conhecido como Vênetos, talvez o mesmo povo chamado por Homero de Eneti (Ενετοί). O significado da palavra é incerto. As conexões com o verbo "venire" (chegar) e (Eslo)vénia são fantasias. Uma conexão com a palavra "venetus" (mar azul) é possível.

História

Embora não haja nenhum registo histórico que lide directamente com as origens de Veneza, os elementos disponíveis fizeram com que vários historiadores concordassem com a teoria de que a população original de Veneza era formada por refugiados de cidades romanas como Pádua, Aquileia, Altino e Concórdia (moderna Portogruaro), que fugiam das sucessivas invasões germânicas e hunas à Península Itálica no século V. Mais tarde, algumas fontes históricas romanas revelaram a existência de pescadores nas ilhas da lagoa de Veneza. Eles são referidos como incola lacunae (habitantes da lagoa).

Começando em 166-168, os Quados e os Marcomanos destruíram a atual Oderzo. As defesas romanas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos e, cerca de 50 anos depois, pelos hunos liderados por Átila. A mais duradoura invasão foi a doslombardos em 568. A leste, o Império Bizantino estava estabelecendo domínios na região do atual Vêneto e as principais entidades administrativas e religiosas do império na Península Itálica foram transferidas para este domínio. Foram construídos novos portos nos domínios, incluindo Malamocco e Torcello na lagoa de Veneza.

O domínio bizantino na Itália Central e Setentrional posteriormente foi eliminado em grande medida pela conquista do Exarcado de Ravenna em 715 por Astolfo. Durante este período, a sede local do governo bizantino (a residência do "duque/doux", depois chamado de doge), foi situada em Malamocco.

Em 775-776, a sede do bispado de Olivolo (Helipolis) foi criada. Durante o reinado do doge Agnello Participazio (811-827), a sede ducal foi movida de Malomocco para a ilha protegida de Rialto (de "rivoalto", isto é, costa alta).

Os doges

O poder dos doges foi sempre limitado pelos venezianos, através, por exemplo, do promissio ducalis, uma carta de princípios e promessas que deviam jurar na data de entrada em funções. O texto foi fixado em 1172, quando foi eleito Enrico Dandolo, e foi alvo de alterações em 1192 e 1229. A partir deste último ano, a eleição do doge ficou submetida ao exame do Conselho dos Cinco Correctores. A partir de 1501, a promissiofoi lida todos os anos ao doge em funções. Em 1646, a dogeza (a mulher do doge) foi interdita à coroação. Durante o século XVII, os membros da família do doge estavam interditos na magistratura e embaixadas venezianas.

O primeiro título de doge em Veneza foi dado no século IX como dux Veneciarum ("chefe dos Venezianos"), título que se manteve durante toda a existência do cargo.

Do século IX ao século XII, os doges juntaram ao título os de dux Croatorum ("chefe dos croatas"), dux Dalmatinorum (chefes dosdálmatas), totius Istriæ dominator ("soberano de toda a Ístria"), dominator Marchiæ ("soberano das Marcas"), traduzindo assim o domínio veneziano no mar Adriático. Em 1095, o epitáfio do doge Vitale Faliero de Doni proclamava-o mesmo rex et corrector legum ("rei e promulgador das leis").

Enrico Dandolo, no fim do século XII, intitulava-se dominator quarte et dimidie partis totius Imperii Romanie ("soberano de um quarto e meio de todo o Império Romano"). O título prolongou-se até 1356 e foi abandonado por Giovanni Delfino.

Expansão

A influência política de Veneza foi marcante na história da Europa, sobretudo quando a partir da Alta Idade Média se expandiu graças ao controlo do comércio com o Oriente e aos benefícios que daí vinham. Essa expansão deu-se sobretudo na zona do mar Adriático e do Mar Egeu. Veneza alcançou o apogeu na primeira metade do século XV, quando os venezianos começaram a expandir-se pela Itália oriental, como resposta ao ameaçador avanço de Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão.

Veneza soube aproveitar todas as mudanças que ocorreram no mundo ocidental:

Aliou-se com os francos contra os longobardos.
Aliou-se com o Império Bizantino contra os normandos.

Foi benevolente e tolerante com o Islão, de tal modo que ao estar o Império Bizantino em guerra com os árabes este não podia comerciar sem grandes riscos, e foi nessa ocasião que os navios venezianos partiram para Alexandria, Beirute e Jaffa, monopolizando aquele comércio.

Decadência

A queda de Constantinopla em 1453 marcou o princípio da decadência. A descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama (1498) e a descoberta da América por Cristóvão Colombo (1492) deslocaram as rotas de comércio e Veneza viu-se obrigada a sustentar uma luta esgotante contra os turcos otomanos. Em 1797, foi invadida pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Com a assinatura do tratado de Campofórmio, dividiu-se o seu território entre França e Império Habsburgo.

Veneza está rodeada de lagoas de pouco profundidade, e isso valeu-lhe sempre como excelente defesa. Nas suas águas encalhavam facilmente os navios que não conheciam os fundos. Era também uma cidade entrincheirada protegida por grandes muralhas. As "muralhas" de Veneza são os perigosos bancos de areia que ficam quase a descoberto na baixa-mar. Para chegar a Veneza vindo do mar Adriático, é preciso conhecer as passagens, que em tempos de paz eram assinaladas com fileiras de estacas com luzes à noite.

Geografia

Veneza ocupa uma localização excepcional numa lagoa do Mar Adriático, a lagoa de Veneza.

O principal núcleo da cidade, o seu centro histórico, é constituído por um conjunto de ilhas no centro da lagoa, com um total de 60 053 habitantes. A estas ilhas no centro da lagoa há que juntar outras no estuário (30 2953 residentes) e também na parte continental (180 661 residentes), que com os seus 130,03 km², representam cerca 83% da área emersa do território.

A cidade está coberta por 177 canais, 400 pontes e 118 ilhas, estando localizada entre a foz do rio Ádige (a sul) e do rio Piave(a norte). O centro histórico é totalmente pedonal, atuando como canais rodoviários, bem como os diferentes barcos, que são os únicos meios de transporte na zona. O centro histórico sempre esteve isolado de terra firme (algo que em numerosas ocasiões representou um eficiente sistema de defesa) até 1846, quando foi construída a ponte ferroviária. Em 1933, a Ponte della Libertà, com 4 km trouxe para a entrada da cidade o tráfego rodoviário, ligando Mestre à Piazzale Roma. A cidade dista cerca de 37 km de Treviso e 40 km de Pádua.

As outras principais ilhas da lagoa são: Lido, Murano, Burano e Torcello. Outras ilhas menores são São Miguel (a ilha do cemitério da cidade), Santo Erasmo, Mazzorbo, La Vignole, Certosa São Francisco do Deserto, São Giacomo em Paludo, São Servolo, São Lazzaro degli Armeni e Giudecca.

Clima

O clima de Veneza, como o vale do rio Pó, tende para o regime continental, e pode ter Invernos rigorosos e Verões quentes. A chuva pode atingir o valor máximo no Verão, com tempestades.

Demografia

Em 2007 estimava-se em 268 993 o número de residentes em Veneza, dos quais 52,5% do sexo feminino. A razão de crianças e jovens até aos 18 anos de idade era de 14,36% e a de pensionistas 25,7 por cento. A média de idades dos residentes na cidade era de 46 anos, superior à do país. Entre 2002 e 2007, a população decresceu 0,2%, e no resto do país registou-se um aumento de 3,85%.

Em 2006, 93,70% da população era constituída por italianos. O grupo imigrante mais numeroso era de europeus de outras nacionalidades, como os romenos, com 3,26%, sul-asiáticos: 1,26%, e leste-asiáticos: 0,9%). O culto religioso é maioritariamente católico, mas devido à imigração há algumas pequenas comunidades cristãs ortodoxas, islâmicas,hinduístas e budistas.

Política

Geminações e acordos de cooperação

Veneza possui as seguintes cidades-irmãs: Suzhou, R. P. China (desde 1980), Tallinn, EstóniaIstambul, Turquia (desde 1993), Sarajevo, Bósnia e Herzegovina (desde 1994), Nuremberga, Alemanha (desde 1999), Qingdao, R. P. China (desde 2001), Tessalónica, Grécia (desde 2003), Fort Lauderdale, Estados Unidos (desde 2007), São Petersburgo, Rússia (desde 2002),  Sertãozinho, Brasil (desde 1998) e Aveiro, Portugal


Veneza tem acordos de cooperação com a cidade grega de Tessalónica, a cidade alemã de Nuremberga, assinado em 25 de setembro de 1999, e a cidade turca de Istambul, assinado em 4 de março de 1993, no âmbito da Declaração de Istambul de 1991. Tem também uma parceria de Ciência e Tecnologia, com Qingdao, na China.

A cidade de Veneza e a Associação Central de Cidades e Comunidades da Grécia (KEDKE) estabeleceram, em janeiro de 2000, nos termos do Regulamento CE n. 2137/85, o Agrupamento Europeu de Interesse Económico (AEIE) - Sistema Marco Polo, que tem por objetivo promover e realizar projetos europeus no âmbito cultural e turístico no campo transnacional, especialmente previsto para a preservação e salvaguarda do património artístico e arquitectónico.

Subdivisões

Divisão administrativa de Veneza.


A comuna de Veneza não está dividida, ao contrário do que é comum em Itália, em frações comunais. O centro da cidade segue uma tradição de divisão em bairros chamados sestieri (plural de sestiere).

Os sestieri do centro histórico são os seis seguintes:

Cannaregio - o sestiere mais setentrional de Veneza. É neste sestiere que termina a Ponte della Libertà que liga a cidade ao continente e a estação ferroviária de Venezia Santa Lucia.

Castello - o mais oriental.

Dorsoduro (inclui a ilha Giudecca) - o sestiere mais meridional de Veneza. Fica a sul dos sestieri de Santa Croce e San Polo, englobando as ilhas situadas do outro lado do canal da Giudecca, à exceção da ilha de San Giorgio Maggiore que pertence ao sestiere de San Marco. O seu nome provém da natureza do terreno, mais duro que as terras envolventes.

San Marco - constitui o coração da fundação da Sereníssima e inclui a Praça de São Marcos, a Basílica e o Campanário.

San Polo - o menor, de um dos lados da ponte de Rialto.

Santa Croce - o mais ocidental, que pertencia à zona chamada Luprio, onde se encontravam os pântanos salgados nos primeiros tempos da história de Veneza.

Infraestrutura

Transportes

Veneza é mundialmente famosa pelos seus canais. A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais numa lagoa rasa. As ilhas em que a cidade é construída são ligadas por cerca de 400 pontes. No velho centro, os canais servem a função de estradas, e de qualquer forma de transporte sobre a água ou a pé. No século XX, um aterro permitiu uma ligação ao continente, a construção da estação ferroviária de Venezia Santa Lucia em Veneza, uma estrada para automóveis e um estacionamento. Para além destas ligações para o continente no extremo norte da cidade, o transporte dentro da cidade continua a ser, como foi em séculos passados, inteiramente na água ou em pé. Veneza é a maior urbe da Europa com áreas livres para carros, única na Europa, permanecendo um considerável funcionamento da cidade no século XXI totalmente sem carros ou camiões.

Transporte público

Azienda Trasporti Consorzio Veneziano (ACTV) é o nome do sistema de transporte público em Veneza. Ele combina tanto o transporte terrestre, com autocarro, e o canal de viagens, com barcos-autocarros (vaporetti). No total, existem 25 rotas que ligam vários pontos na cidade.

Cursos de água

O barco clássico veneziano é a gôndola, mas agora é mais utilizado por turistas, ou para casamentos, funerais ou outras cerimónias. A maioria dos venezianos agora viaja em barcos motorizados (vaporetti) que fazem viagens regulares ao longo das rotas principais dos canais da cidade e entre ilhas. A cidade também tem muitas embarcações privadas. As únicas gôndolas ainda de uso comum pelos venezianos são os Traghetti, onde os passageiros atravessam o Grande Canal em determinados momentos, sem pontes. Os visitantes podem ainda tomar os barcos-táxis entre áreas da cidade.

Aeroportos

Veneza é servida pelo recentemente reconstruído Aeroporto Internacional Marco Polo, ou Aeroporto de Veneza Marco Polo, nomeado em homenagem ao seu famoso cidadão. O aeroporto está situado no continente e foi reconstruído um pouco longe da costa, no entanto, os barcos-táxis ou os barcos da Alilaguna para Veneza servem os terminais a cada sete minutos.

Algumas companhias do mercado, como o Aeroporto de Treviso em Treviso, a 20 km de Veneza, servem como entrada para Veneza. Alguns voos simplesmente anunciam "Veneza", sem nomear o aeroporto, exceto no papel dos bilhetes.

Automóveis

Veneza é praticamente uma zona sem carros, por ser construída sobre a água. Os veículos podem atingir o terminal para carros/autocarros através da Ponte della Libertà (SR11). A ponte inicia-se a oeste do Mestre. Existem dois parques de estacionamento que servem a cidade: Tronchetto e Piazzale Roma. os carros podem ser estacionados ali 24 horas por dia, em que o preço a pagar é de cerca de 25 euros por dia. Um ferry para Lido serve o parque de estacionamento de Tronchetto e é servido por autocarros e vaporetti, como transportes públicos.

Cultura

A influência de Veneza estendeu-se naturalmente ao nível cultural ao longo da História. Exemplos disso são as telas para pintura, inventadas na cidade, inovações no fabrico do vidro, o papel dominante da Escola Veneziana na música europeia do século XVI, o grande número de impressores da cidades, ou as palavras de origem veneziana, relacionadas com a toponímia local ou características próprias da cidade, e que entraram no vocabulário de muitas línguas europeias: arsenal, ciao, gueto, gôndola, lazareto, laguna, lido,quarentena, Montenegro ou regata. O diminutivo de Veneza deu ainda lugar à designação da Venezuela, que significa "pequena Veneza".

Veneza é na atualidade uma cidade de artes por excelência, devendo a sua fama mundial à simples condição de ser uma cidade construída sobre a água, com canais em vez de ruas, e é tomada como modelo de comparação com todas as cidades com canais, como por exemplo Amesterdão (A Veneza do Norte) ou na China, onde Suzhou é dita Veneza do Oriente, ou Aveiro (A Veneza de Portugal), ou a Little Venice de Londres, assim chamada por causa dos canais. Há um estado que tem o seu nome etimologicamente ligado a Veneza: a Venezuela, assim chamada pelo navegador florentino Américo Vespucci por causa das aldeias palafitas que viu.

Arquitetura

O terreno sobre o qual se ergue Veneza fez com que ideias engenhosas permitissem a construção de edifícios e espaços públicos sobre fundações muito difíceis. É necessária a consolidação e a colocação de estacas.

O delicado equilíbrio da lagoa, que se ressente com o aporto de sedimentos e de água doce dos rios, da invasão da água do mar e da presença do vento, tornam necessário o controlo do regime das águas ao longo do tempo. Veneza tem intervenções hidráulicas de monta, que pretendem equilibrar o regime de subida das águas, mas frequentemente dá-se o fenómeno da acqua alta, quando as zonas mais baixas da cidade ficam totalmente cobertas por água.8 O projeto MoSE foi lançado pelo governo italiano para proteger a cidade, com diques e controlo das águas da lagoa vizinha mas é contestado por alguns ambientalistas

A arquitetura típica veneziana tem um elemento facilmente reconhecível, designado patera, e que é um baixo-relevo ornamental de forma circular.

Pintura

A pintura veneziana teve influência da decoração bizantina e da pintura do norte da Europa, especialmente na pintura a óleo. Entre os pintores venezianos de maior importância encontram-se Antonello da Messina (1430-1479), Giovanni Bellini (1430-1516), Giorgione (1476/78-1510) - que introduziu uma série de pinturas representativas de temas esotéricos e pastorais oníricas, Tiziano (1487/90-1576), considerado o maior dos pintores venezianos, Jacopo Tintoretto (1518-1594) e Veronese (1528-1588).

Carnaval de Veneza

O Carnaval de Veneza é uma festa carnavalesca que dura dez dias e em que os participantes costumam usar trajes típicos do século XVIII e máscaras. Nesses dias há em geral um acréscimo na já normal grande afluência de turistas à cidade. Interrompido em 1797, foi somente retomado na década de 1980.

Música

Veneza é a pátria do célebre compositor barroco Antonio Vivaldi (1678-1741), do compositor Luigi Nono (1924-1990) e do compositor e diretor de orquestra Giuseppe Sinopoli (1946-2001). Claudio Monteverdi, chamado a San Marco pela corte de Mântua reorganizou o coro local e completou os seus madrigais em Veneza. Giovanni Gabrieli (1557-1612) era veneziano. A Benedetto Marcello (1686-1739) foi dedicado o Conservatório de Veneza. A tradição é antiga também no Ospedale della Pietà, escola de música para órfãos onde Vivaldi ensinou. Em 1636, foi aberto o primeiro teatro público pago do mundo, o San Cassiano. O teatro de ópera da cidade é o La Fenice reconstruído após o violento incêndio que o destruiu completamente em 1996. A Bienal de Veneza organiza o Festival de música contemporânea.

Festival de Cinema

O Festival Internacional de Cinema de Veneza (Mostra Internazionale d'Arte Cinematografica) é um festival internacional de cinema que é realizado anualmente desde 1932. O festival acontece no Palazzo del Cinema.

Embora o festival seja anual, ele está englobado no que se designa como Bienal de Veneza, uma exposição internacional de artes de grande projecção internacional.

Pontos turísticos

Museus

Veneza é uma cidade rica em museus, galerias de arte e eventos relacionados. Entre eles incluem-se: a Accademia, museu e galeria de arte especializada em arte até ao século XIX, que fica na margem sul do Grande Canal; o Museu Correr, museu municipal que ocupa parte da Ala Napoleónica; a Ca' d'Oro; e a mais recente Coleção Peggy Guggenheim.

Praças

Veneza é conhecida pelas magníficas e muito visitadas praças. Além da grande Praça de São Marcos (com a Basílica e o Campanário de São Marcos), a cidade dispõe de outras praças menores, chamadas "campo" no dialecto da cidade. Exemplos são o Campo Santa Margherita e o Campo San Polo.

Palácios


Igrejas

Veneza é um importante centro do Catolicismo na Itália. A cidade é sede do patriarcado de Veneza (em latim: Patriarchatus Venetiarum) e sede metropolitana da Igreja Católica, pertencente à região eclesiástica de Triveneto. Em 2004 contava 365 332 batizados entre 370 895 habitantes. No presente é regida pelo Cardeal Patriarca Angelo Scola.

A catedral é a Basílica de São Marcos, e a co-catedral é a Basílica de São Pedro de Castello.

A lista de templos cristãos é vastíssima, citando-se apenas os mais significativos.


Pontes


Outros locais

A Biblioteca Marciana é a mais importante biblioteca de Veneza e uma das maiores de Itália. Contém uma das mais ricas colecções de manuscritos do mundo, bem como obras impressas, mapas, e outros documentos que totalizam milhares de raridades. Ocupa parte dos edifícios da praça de São Marcos na piazzetta dei Leoncini, na margem do Grande Canal.

Outro ponto turístico é, no sestiere de Castello, o Arsenal de Veneza, estaleiro onde eram construídos os grandes navios comerciais e de guerra da Sereníssima República.